CMF reuniu presencialmente pela primeira vez após três meses de videoconferências

A Câmara Municipal do Funchal voltou hoje a realizar reuniões presenciais, após cerca de três meses em que as reuniões de Câmara decorreram sempre por videoconferência, devido à pandemia de Covid-19. O Salão Nobre dos Paços do Concelho acolheu o encontro, com disposições tomadas no sentido de manter o distanciamento social. No encontro, foi aprovado por unanimidade um voto de louvor à andebolista Renata Tavares, que o edil funchalense considerou “uma referência” deste desporto na Madeira, que esteve 18 anos no CS Madeira SAD e conta com 172 internacionalizações. “Devemos homenagear aqueles que colocaram o nome do Funchal ao mais alto nível do andebol mundial”, declarou Miguel Gouveia. Também foi aprovado outro voto de louvor, por unanimidade, desta feita para uma associação que “neste tempo de estado de emergência desenvolveu um trabalho notável no bairro da Nazaré”, nomeadamente a associação “Olho-te”.

Na área económica, foi aprovada uma moratória ao pagamento das rendas dos espaços concessionados pela CMF, “indo ao encontro das pretensões dos nossos comerciantes, que agora podem beneficiar de um adiamento no pagamento das rendas até ao final deste ano, desde que cumpram os requisitos que estão plasmados também na lei nacional, nomeadamente perda de receitas superior a 30 por cento” e que tenham sofrido por causa da pandemia, com a perda de turistas na Região.

O PSD, disse Miguel Gouveia, votou contra, algo “incompreensível” na perspectiva do presidente da CMF. Daí que a Coligação Confiança e o CDS tenham aprovado a medida, “demonstrando quem está, efectivamente, ao lado das populações”.

Finalmente, referiu o edil, abriram esta semana, mais precisamente na segunda-feira, as candidaturas aos manuais escolares, quer do 1º, quer do 2º e do 3º ciclos. São livros escolares que, como é sabido, a autarquia atribui aos cidadãos, num investimento anual de cerca de 350 mil euros, “garantindo o direito constitucional do acesso à educação”. Algo que, sublinhou, não é assumido pelo Governo Regional.