Sara Madruga afirmou ontem que não há razão para não ser concedida moratória à Madeira

“Não aceitamos que não seja concedida uma moratória à Madeira, nem há qualquer fundamento para que o Governo socialista se recuse a concedê-la há três meses”, reafirmou Sara Madruga da Costa, confrontando o Ministro das Finanças com o que considera ser uma injustiça inqualificável.

Na discussão, na generalidade, do Orçamento suplementar que teve lugar ontem na Assembleia da República e que contou com a presença do Primeiro-Ministro e dos membros do Governo, a deputada Sara Madruga da Costa voltou a insistir, junto do Ministro das Finanças, para que, “de uma vez por todas e perante todos os portugueses, o Governo explique, cabalmente, qual é a razão que o leva a tratar a Madeira de forma diferente do restante território nacional” e se existe ou não alguma impossibilidade legal ou prática para que se conceda, conforme pretendido, uma moratória das próximas prestações a pagar no âmbito do PAEF, o que, conforme referiu, “o Governo sabe e bem que não há”.

“O que existe é um tratamento discriminatório que não tem qualquer sentido e ainda se torna mais grave quando afecta milhares de cidadãos tão portugueses quanto aqueles que vivem em Lisboa, no Porto, no Algarve ou noutra zona qualquer do nosso País”, criticou.

“Quando temos particulares, empresas e outras entidades a quem o Estado Português concedeu – e bem – moratórias nesta fase difícil, qual é a razão para negar e insistir nessa recusa à Madeira?”, questionou a deputada, numa ocasião em que fez questão de deixar claro que “há uma explicação que se impõe e exige, a todos aqueles que, desde o passado mês de Março, esperam por uma resposta que, nem sequer sendo aprovada, por maioria, na Assembleia da República, é respeitada pelo Governo Central”.