O governante regional com a tutela da Saúde, Pedro Ramos, deu hoje mais um indicador de que o uso generalizado de máscaras será em breve uma realidade na Região Autónoma da Madeira. Não demorará muito para que vejamos, portanto, o comum dos cidadãos de cara tapada. Durante a conferência de imprensa hoje no IASAÚDE, Pedro Ramos mencionou os exemplos da República Checa, da Áustria ou da Eslováquia para considerar que o uso de máscara por toda a gente é essencial para que não nos infectemos uns aos outros. Usar máscaras cirúrgicas será “obrigatório (…) em espaços públicos, como farmácias, supermercados, bancos, etc.”, adiantou o secretário. Uma medida útil para evitar que a “doença passe de pessoa para pessoa”, que virá somar-se a todas as outras medidas adoptadas pelas entidades regionais. O uso de luvas, reconheceu, “também confere uma protecção adicional”. As medidas básicas, porém, continuam a ser a lavagem e a desinfecção das mãos, o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a desinfecção de espaços físicos utilizados por casos suspeitos, de acordo com as normas emanadas da Direcção-Geral de Saúde.

Pedro Ramos reforçava assim as indicações que já tinham ontem saído de uma conferência de imprensa do Governo Regional, com Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia, e que apontavam neste sentido. A RAM deverá fornecer aos cidadãos um total de 250 mil máscaras.

Na conferência de imprensa diária do IASAÚDE, Pedro Ramos mencionou o facto de hoje ser o Dia Mundial da Saúde, pelo que aproveitou para endereçar uma palavra de estímulo a todos os que estão doentes com a Covid-19, e bem assim a todos os que estão em vigilância activa ou auto-vigilância. Insistiu, por outro lado, para que as pessoas “fiquem em casa” e disse que antes desta pandemia, a Organização Mundial de Saúde pretendia dedicar o Dia Mundial da Saúde deste ano aos enfermeiros, e em especial aos de obstetrícia e saúde infantil. Homenageou, pois, este grupo profissional que acompanha as pessoas desde o nascimento e trata de muitas das situações de saúde que os acompanham ao longo da vida.

Reconheceu, por outro lado, que tem havido situações de violação das recomendações das autoridades de saúde neste período de estado de emergência por parte de certas pessoas, inclusive em casos bem identificados nos concelhos de Ponta do Sol e Câmara de Lobos, mas disse que a PSP tem toda a legitimidade para actuar nestes assuntos e deve fazê-lo. Tem-no feito, sobretudo, de forma pedagógica, adiantou.

Pedro Ramos também voltou a referir que a RAM só considerará afrouxar um pouco as actuais medidas de contenção passados dois ciclos de quarentena sem registar quaisquer novos casos, tal como o Funchal Notícias já antecipadamente noticiara.