RAM com mais um caso positivo de Covid-19; hoje chega mais material para combater a pandemia

Conforme o FN já adiantou em peça anterior, a Madeira tem hoje 44 casos positivos de Covid-19. Mais um, portanto, do que ontem, conforme referiu a vice-presidente do IASAÚDE, Bruna Gouveia, na conferência diária que dá com o secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos. Dos 277 casos suspeitos estudados, 232 deram negativos.

Este caso positivo foi assinalado numa pessoa na faixa etária dos 20-29 anos, residente no Funchal, que regressou da região de Lisboa e Vale do Tejo, e estava em quarentena, desde a sua chegada, no seu domicílio. Em relação a ontem, dois casos aguardavam resultados: um foi negativo, o outro aguarda ainda o exame laboratorial.

Apenas dois doentes continuam internados por causa do Covid-19, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, e que se mantêm estáveis.

Cinco doentes, do total dos Covid-positivos, foram ontem submetidos a testes para reavaliação. Dois deles tiveram o primeiro resultado negativo para Covid-19, tendo agora que aguardar 48 horas para a repetição do teste. Se tiverem novamente resultados negativos, serão considerados recuperados. Os restantes 41 doentes permanecem em isolamento no domicílio ou numa unidade hoteleira designada.

Relativamente às pessoas que estão em vigilância, 691 estão em vigilância activa, com acompanhamento diário pelas autoridades de saúde dos diversos concelhos da RAM. Há 5 profissionais de saúde neste grupo, um dos quais regressou ontem de uma área considerada de transmissão comunitária activa. Estão também incluídos no grupo dez bombeiros do concelho do Porto Santo. Cinco deles estão nos seus domicílios. Outros cinco estão no hotel Praia Dourada.

Há 277 pessoas em alojamento designado, a cumprir quarentena obrigatória. 27 pessoas estão no hotel Praia Dourada, 96 na Quinta do Lorde e 154 no hotel Vila Galé.

428 pessoas estão em auto-vigilância. Uma redução relacionada com o fim dos dias de isolamento indicado para as pessoas que regressaram à RAM nos primeiros dias de vigilância e controle à entrada.

A linha SRS 24, disse Bruna Gouveia, tem vindo a diminuir nas últimas 24 horas. Registou-se um total de 76 chamadas neste período. O total de chamadas realizado para esta linha é de agora 5100 desde o início da sua actividade.

Nesta conferência de imprensa o secretário regional da Saúde referiu-se novamente à reorganização dos serviços de saúde na Região, inclusive à alteração de turnos no Serviço de Urgência da RAM (12 horas) salientando que o objectivo é sempre o de “poupar profissionais para uma luta que se antevê que ainda possa ser duradoura”. Por outro lado, mencionou que o número de Urgências diminuiu consideravelmente, para um terço do que era habitual.

Pedro Ramos voltou a mencionar que a todos os profissionais que trabalhem na linha da frente do Covid-19 será atribuído subsídio de risco, e disse que hoje, um avião da Força Aérea deverá, numa viagem excepcional, trazer mais material necessário à Madeira para o combate à pandemia.

O governante com a pasta da Saúde e da Protecção Civil referiu-se aos habituais simulacros de catástrofe que são periodicamente realizados nas escolas e noutras instituições para dizer à população que tem agora um papel não menos importante, e simples, para cumprir: ficar em casa. Tudo “para não dar armas ao adversário”, ou seja, o novo coronavírus, impedindo-o de se expandir.

Dirigindo-se a múltiplos trabalhadores de todas as áreas da Saúde pública e privada, em todas as suas vertentes e mais algumas, além de forças de segurança e bombeiros, e ainda aos trabalhadores dos supermercados, considerou-os a todos parte de uma “resposta integrada” a esta pandemia na Região, enviando um “abraço sentido” a todos os que pugnam para que dominemos a situação neste “mundo-Covid”.

Deu uma palavra aos profissionais de laboratório, na linha da frente deste plano de protecção, “com horas intermináveis de trabalho”, entre outros profissionais que elogiou. Mencionou também o papel importante dos assistentes sociais.

“Há novas orientações para cumprir, para a nossa segurança, para a nossa sobrevivência”, exortou. Mencionou também o apoio da linha de apoio psicológico do IASAÚDE, no sentido de dar um apoio mais directo, libertando os psicólogos da SESARAM para um apoio clínico e diferente aos cidadãos. A Cruz Vermelha Portuguesa, disse, também disponibilizou um donativo de 30 mil euros para a aquisição de material necessário contra o Covid-19.