Casa cheia para assistir à peça d’O Moniz “Combustão” no XXVIII Festival de Teatro Escolar

Foto Alzira Mendes.

O XXVIII Festival de Teatro Escolar – Carlos Varela levou hoje à cena a peça do grupo da casa, “O Moniz-Carlos Varela”. Um momento de elevação nesta mostra semanal de trabalhos dramáticos. Sala cheia, presa a uma crítica pertinente e eficaz. Uma fogueira. O fogo do conhecimento. A peça da casa  “Combustão”, adaptação de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, trouxe à cena, hoje, às 10H30H, no “Liceu”, a crítica a uma sociedade hipnotizada pela imagem e pelo “aqui e agora”, onde se pretere o pensamento crítico em prol da imagem e do entretenimento de massas.

Numa inversão de papéis, os bombeiros destroem livros, através do fogo. Esse objeto estranho, o livro, é absolutamente proibido. A apatia domina a vida das personagens que reproduzem mecanicamente a ficção dos ecrãs. Terá alguém coragem de ler realmente esta realidade? Que consequências as nossas ações acarretam? Um trabalho ovacionado que deixou a plateia a refletir.

Terminada a reunião, o painel de jurados, composto por Ana Amaro, da Câmara Municipal do Funchal, Catarina Faria, do Teatro Municipal Baltazar Dias, Duarte Rodrigues, da Direção de Serviços de Educação Artística,  Eduardo Luíz, da Associação Teatro Experimental do Funchal, Valério Fernandes, da Associação Contigo Teatro; Yury Rykunov, do Conservatório – Escola Profissional das Artes – Engº Luíz Peter Clode, reuniu com o grupo para conhecer melhor o seu processo de trabalho.

A apresentação dos trabalhos a concurso continuam no dia seguinte, 05 de março, às 9:50 com o Grupo de Teatro Alforria , da Escola B23 Horácio Bento de Gouveia com “Só voa quem se atreve a fazê-lo”, adaptação de António Garcês e Magda Saraiva de “História da Gaivota e do Gato que o ensinou a voar”, de Luís Sepúlveda.

Foto Alzira Mendes.