Promover a literacia científica com o ERASMUS+: Alunos e docentes da Escola Secundária Jaime Moniz participam no Encontro Final OSOS – Pavilhão do Conhecimento

¡AF!

O projeto “Islands Diversity for Science Education” (IDiverSE), financiado pelo Programa da União Europeia Erasmus + (KA2 n° 2017-1-PT01-KA201-035919), tem como entidade organizadora a associação NUCLIO – Núcleo Interativo de Astronomia estando algumas da atividades propostas alojadas na plataforma OSOS (Open Schools for Open Societies), sob a forma de “aceleradores”. Nestes aceleradores, as atividades estão divididas em quatro fases, que são seguidas pelos alunos: Feel (Sentir); Imagine (Imaginar), Create (Criar) e Share (Partilhar).

A plataforma OSOS oferece maneiras inovadoras de explorar o mundo: não apenas para automatizar processos, mas também para inspirar e envolver. Apoia o desenvolvimento de projetos inovadores e criativos e outras atividades educacionais. Pretende transformar as escolas em ecossistemas inovadores que atuem como locais compartilhados de aprendizagem de ciências nos quais líderes, professores, estudantes e a comunidade local cooperem. O projeto IDiverSE iniciou-se em 1 de novembro de 2017 e terminará no dia 30 abril de 2020. Os parceiros deste projeto, desde o início do mesmo, são os seguintes:

Associação Bandeira Azul da Europa

ELLINOGERMANIKI AGOGI SCHOLI PANAGEA SAVVA AE, Greece

UNIVERSIDAD DE LA IGLESIA DE DEUSTO, Spain

International Laboratory of Advanced Education Technologies, UK

UNIVERSIDADE DOS ACORES, Portugal

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia, Portugal

Escola Secundária Jaime Moniz, Portugal

Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, Portugal

No ano letivo 2017/2018 realizaram-se algumas formações para professores, presenciais e online, assim como encontros entre todos os parceiros, de modo a serem discutidas, construídas e testadas as atividades a realizar pelos alunos, no âmbito destes projetos.

A Oficina de Formação IDiverSE – Professores e alunos do século XXI (Registo: CCPFC/ACC-92998/17) realizou-se na Escola Secundária de Jaime Moniz, entre março e junho de 2019, com a duração de 50h (25h presenciais, 25h de trabalho autónomo) e contou com a participação de docentes de várias Escolas da Região.

Houve uma estreita colaboração entre os docentes da escola Secundária Jaime Moniz e os da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia.

O projeto IDiverSE pretende ser um catalisador de mudanças inovadoras no campo da educação escolar, onde educadores e estudantes são encorajados a adquirir uma nova perspetiva da aprendizagem. Os professores são convidados a assumir o papel de tutores e facilitadores, tornando a aprendizagem centrada nos alunos. O IDiverSE apresenta às comunidades escolares um quadro de incorporação de atividades, onde os docentes têm a oportunidade de atualizar as suas práticas de ensino. O projeto promove componentes de aprendizagem interdisciplinar e baseadas no inquiry, mais especificamente, no inquiry colaborativo. Os alunos são convidados a participar em atividades de pesquisa, em colaboração com estudantes de outras partes do mundo. A iniciativa IDiverSE aproveitou as oportunidades abertas pela era digital, tais como: ferramentas de comunicação e colaboração, simulações e análise de dados, partilha de melhores práticas e integrou-as num conjunto significativo de atividades para apoiar os educadores e os alunos.

Para os alunos, abre a possibilidade destes se envolverem em projetos de pesquisa colaborativa onde conhecerão melhor o seu ambiente natural e cultural e desenvolverão competências importantes, no âmbito do pensamento crítico, capacidade de comunicação, criatividade entre outras, bem como a sua consciência e tolerância em relação aos outros Toda a proposta foi construída de acordo com as competências do século XXI e com o que se pretende ser o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória.

O IDiverSE pretende deixar um legado a professores e alunos, a nível pessoal e académico, possibilitando:

– Consciencializar sobre o poder e significado da aprendizagem de conteúdos interdisciplinares;

– Interligar o conteúdo dos currículos de aprendizagem e os seus problemas cotidianos, reais e relevantes.

– Reconhecer a utilidade das ferramentas digitais nas atividades de aprendizagem, dentro ou fora da escola;

– Criar um melhor ambiente escolar com integração de atividades e experiências na escola;

– Desenvolver competências para o uso do método científico;

– Contribuir para o sentido de integração e de inclusão no ambiente de aprendizagem;

– Propor soluções para problemas reais e desenvolver competências de pensamento crítico;

– Tornar-se parte de uma comunidade autónoma, europeia e não europeia, ampliando sua rede de conexões pessoais e a sensação de fazer parte de um todo maior;

– Desenvolver competências sociais e comunicacionais;

– Promover a tolerância e a consciência pessoal da cidadania;

Os professores enriquecerão os seus currículos e experiência de aprendizagem de modo a promover:

– metodologias de ensino e aprendizagem centradas no papel ativo do aluno, nomeadamente o “Inquiry Based Science Education” (IBSE) e o “Design Thinking”.

– a integração da pesquisa científica na sala de aula;

– a prática do ensino interdisciplinar na sala de aula;

– o know-how no uso de ferramentas digitais nas suas atividades de ensino;

– a cooperação com outros professores da mesma escola, outras escolas na ilha, e escolas em outras ilhas através do mundo;

–  a aprendizagem no uso de espaços colaborativos para recolher e analisar dados;

– o apoio aos estudantes na integração de arte e ciência durante suas explorações.

Os “aceleradores” do projeto IDiverSE, alojados na plataforma OSOS, são os seguintes:

– BEES FOR THE FUTURE

– UV RADIATION: FRIEND OR FOE?

– OUR RESTLESS EARTH

– STUDENTS STUDY VOLCANOES

– MARINE LITTER

– CREATE AN AMAZING SCIENCE TRAIL

No ano letivo 2018/2019, sete turmas da Escola Secundária Jaime Moniz, o Clube de Ciências Experimentais Física e Química e onze docentes trabalharam nos projetos “Bees for the Future” e “UV Radiation: Friend or Foe”. No final do ano letivo, apresentaram os seus produtos finais à comunidade educativa. Os alunos construíram maquetes, cartazes, desdobráveis, hotéis para abelhas, semearam plantas melíferas em vasos, elaboraram diversos jogos alertando para os perigos da radiação UV, compuseram uma canção (letra e música) sobre o fator de proteção 50, divulgando deste modo o seu trabalho à comunidade escolar e envolvente.

Os docentes que dinamizaram as atividades do projeto foram: António Freitas, Arlindo Santos, Carlos Pontes, Cecília Ferreira, Conceição Campanário, Elisabete Chaves, Fátima Oliveira, Fernanda Freitas, Marco Ribeiro, Ricardo Abreu e Teresa Visinho. As turmas envolvidas foram: 10º2, 10º4, 10º 6, 10º 10, 10º 14, 11º 14, 11º 15 e CEF61. Todas as atividades desenvolvidas tiveram o apoio incondicional do Conselho executivo da Escola Secundária Jaime Moniz.

No ano letivo 2019/2020, vários docentes e turmas decidiram implementar alguns dos projetos IDiverSE, em colaboração com a Componente de Cidadania e Desenvolvimento. Deste modo, estão a ser utilizados os aceleradores “UV Radiation: Friend or Foe”, “Marine Litter” e “Bees for the future”.

No dia 14 de fevereiro de 2020, entre as 9.30 e as 18.00 h, realizou-se o evento final do projeto europeu “OSOS – Open Schools for Open Societies”, no Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva (Parque das Nações, Lisboa). Este evento contou com a presença de representantes de todos os países participantes que resumiram o trabalho realizado, nos seus países, ficando a conhecer o trabalho desenvolvido em Portugal.

Foram selecionados três professores e seis alunos da Escola Secundária Jaime Moniz para participar, neste evento, com o objetivo de apresentarem dois posters e uma comunicação oral, resumindo o trabalho realizado pelas várias turmas, no âmbito dos projetos “Bees for the Future” e “UV radiation: Friend or foe”.

– A equipa responsável na ESJM

Alunos participantes no evento:

Ana Carolina Pereira Gonçalves – Turma 11º 10

Angelina Isabel Lima Freitas – Turma 12º 01

Catarina Freitas Nunes – Turma 11º 6

Daniela Maria Silva Freitas – Turma 11º 2

Madalena Sofia Lomelino Soares – Turma 11º 4

Matias dos Santos Campos Jesus – Turma 11º 15

Professores acompanhantes:

Cecília Ferreira (Grupo 520 – Biologia e Geologia)

Elisabete Chaves (Grupo 510 – Física e Química)

Ricardo Abreu (Grupo 510 – Física e Química)

…………………….

Opinião dos alunos

– Depoimento conjunto dos alunos: Angelina Freitas (12º 1), Ana Carolina Nunes (11º 10), Catarina Nunes (11º 6), Daniela Freitas (11º 2), Matias Jesus (11º 15) e Madalena Soares (11º 4)

No ano letivo 2018/2019 trabalhámos no projeto OSOS, no âmbito do projeto IDiverSE, abordando as temáticas “Bees for the future” e “UV radiation – Friend or Foe?” No final do ano lectivo, apresentámos os produtos finais à comunidade educativa, numa sessão que teve uma grande adesão e que nos permitiu conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos colegas.

Numa fase inicial, ao sermos convidados para participar num Encontro Internacional do Projeto OSOS, em Lisboa, sentimos uma grande responsabilidade, por representar, não só as nossas turmas, como também a nossa Escola (ESJM). No entanto, ficámos muito entusiasmados por saber que o nosso trabalho tinha sido reconhecido.

Ao comparecermos no Encontro, que teve lugar no Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva, ficámos deveras surpreendidos pelo grande número de países que participaram e/ou assistiram às conferências e diversas apresentações. Graças a estas, ficámos a conhecer as temáticas abordadas pelos outros países, que derivaram de problemas que estes encontraram nas suas comunidades e respetivas soluções. Pudemos também, através de pósteres, da comunicação oral e do vídeo, apresentar o trabalho desenvolvido pelos docentes e alunos das turmas da nossa Escola envolvidas no Projeto IDiverSE.

No geral, foi uma experiência enriquecedora que superou as nossas expetativas.

Achamos que as atividades propostas pelo Projeto OSOS são interessantes, porém, consideramos que seria mais proveitoso se, nos próximos anos, tratássemos de problemas existentes diariamente dentro da nossa cidade e tentássemos resolvê-los.

Em suma, foi um convívio inspirador que alargou os nossos horizontes e constatámos que “Ninguém sabe o suficiente para fazer tudo sozinho”, como referiu Nikos Zygomitsas, coordenador do Projeto OSOS.