Jardim lança apelo aos abstencionistas para votarem no PSD e defende “os melhores” para as escolhas autárquicas

Jardim foi ao Congresso Nacional do PSD apresentar 7 propostas do partido para o País. Regionalização do continente, repor o respeito pelas Forças de Segurança e reequacionar os termos da lei da greve são algumas dessas propostas.

Alberto João Jardim, ex-presidente do PSD-Madeira e ex-presidente do Governo Regional, subiu ao palco do 38º congresso nacional do Partido Social Democrata, para dar a “receita” de um partido interventivo, mais incisivo, com uma clara direção para as eleições autárquicas de 2021, onde segundo Jardim, as escolhas devem ser direcionadas para os melhores. E foi ali mesmo que veio um apelo à grande abstenção em Portugal: “Desta vez confiem no PSD”.

Jardim defende que o partido “daqui para a frente deve ter uma agenda que tem de ser a nossa e não a do Governo e a do Presidente da República. Temos de denunciar e desmontar todas as encenações de titulares dos cargos do Estado, temos de demonstrar as consequências de tudo o que sejam cedências à esquerda. A classe média, os pequenos e médios empresários, os funcionários públicos, vivem coagidos a pagar o regabofe do sistema político de 76. A terceira vertente é que o PSD deve endurecer todas as formas de luta em que se empenhar. O PSD tem de apostar forte nas eleições autárquicas candidatando os melhores e mais aceites cidadãos de cada localidade, não se ficando apenas pelos nossos filiados. O PSD tem de denunciar e desmontar a propaganda dos que radicalizam o País em direita e esquerda. O PSD tem de ganhar a confiança dos mais de 40% dos portugueses que não votam. Somos o partido em que podem confiar para mudar Portugal. É que agora estamos comprometidos com os portugueses, nada temos a ver com os partidos de esquerdas e direitas que detestamos”.

Nesta intervenção, Jardim apontou sete propostas para o futuro da estratégia social democrata para o País: ” Aumento do investimento público e privado, com redução da carga fiscal, subindo os rendimentos das famílias, crescer e reforçar a classe média, imprescindível num regime democrático, colocar eficiência nos deveres onde o Estado falha; Devolução de Portugal aos portugueses através da regionalização do continente; Reconstrução e reorganização do setor da Saúde; Reequacionar os termos da lei da greve, que neste momento permite que os trabalhadores  e reformados morram com paralisações do serviço de saúde; Colocar fim à mediocridade, ao facilitismo e à fraude na Educação e Cultura, fraude que visa apertar o controlo das pessoas por parte da esquerda totalitária; Repor o respeito cívico democrático das Forças Armadas e Forças de Segurança e dos antigos combatentes”