Concelhia do PS-Porto Santo retira confiança política à vereadora Sofia Santos

A comissão política concelhia do Partido Socialista – Porto Santo decidiu, por unanimidade, retirar a confiança política à vereadora Sofia Santos, refere uma nota de imprensa. Na base desta posição está o facto de a vereadora, eleita pelas listas do PS nas eleições autárquicas de 2017, ter aceitado integrar a equipa do PSD na Autarquia, passando a ocupar o lugar de vereadora a tempo inteiro, viabilizando desta forma uma maioria daquele partido, que não tinha sido alcançada no referido acto eleitoral.

A concelhia do PS-Porto Santo lamenta que a vida política na Região “continue a ser dominada pelo pagamento de favores através da atribuição de cargos e de nomeações e repudia a atitude da vereadora Sofia Santos, que, na prática, se vendeu em troca de um lugar no executivo camarário. A situação reveste-se de uma gravidade maior pelo facto de, com esta decisão, a vereadora em causa ter quebrado os compromissos que assumiu, não apenas com o Partido Socialista, mas, principalmente, com os porto-santenses que a elegeram, situação que, infelizmente, contribui para fragilizar a credibilidade das instituições democráticas”, refere o comunicado.

O Partido Socialista diz pautar a sua acção pela defesa da integridade e dos princípios que conduzam à construção de soluções credíveis para as populações, “pelo que consideramos inadmissível a decisão da vereadora Sofia Santos, eleita como independente, mas que, desde Janeiro de 2018, é militante do partido. A sua atitude mostra uma conivência inaceitável com a forma de actuar do PSD, mais empenhado em pagar favores com a atribuição de cargos do que em governar de uma forma eficaz e de modo a resolver os problemas das pessoas”.

Esta forma de actuação, quer da vereadora Sofia Santos, quer do PSD, demonstra “uma chocante ausência de princípios éticos e revela que nada mudou em 43 anos de poder do PSD na Região”, acusam os socialistas.

Apesar das manobras, inqualificáveis, do PSD, não nos desviaremos do nosso trabalho: construir soluções para os problemas que, 43 anos depois, o Governo Regional do PSD e, agora, também a sua Câmara Municipal, se revelam continuamente incapazes de resolver, antes aprofundando o isolamento geográfico, económico e social a que o Porto Santo continua votado.