GR vai intervir em cerca de 200 zonas de medição e controlo das redes de distribuição de água, diz deputado do PSD-M

O Governo Regional, através da empresa Água e Resíduos da Madeira (ARM) pretende investir em cerca de 200 zonas de medição e controlo, visando monitorizar online e remotamente as redes de distribuição. A informação foi adiantada pelo deputado do PSD-M Nuno Maciel, numa visita dos parlamentares social-democratas à Estação de Tratamento (ETA) da Alegria, em São Roque.

A medida, defendeu, ajudará a melhorar a gestão e eficiência dos caudais, possibilitando identificar situações de ruptura ou de consumo desfasado da realidade. Nuno Maciel adiantou ainda que para este ano, a ARM tem um orçamento de 38,5 milhões de euros, sendo que a maior parte deste valor se destina à gestão e eficiência da rede de água.

Nuno Maciel sublinhou que estas medidas se inserem também numa estratégia de mitigação dos efeitos das alterações climáticas, sublinhando que “a política ambiental tem de ser feita, acima de tudo, com investimentos concretos”, mais do que com “chavões, acções de sensibilização e páginas de jornais”. Da parte do Governo Regional, disse, há todo um trabalho que tem implicado decisões e acções concretas.

Apesar disso, sublinhou Nuno Maciel, a partir do momento em que as redes são disponibilizadas em baixa, torna-se difícil para o Governo controlar o que vai acontecer.

“Nós temos perdas médias regionais na ordem dos 70%, o que é um valor claramente excessivo”, referiu, adiantando que esta será uma realidade difícil de inverter se “não houver uma concertação colectiva de todos os parceiros”.

“Importa que todos os que recebem a água e a gerem em baixa, tenham esta capacidade de perceber que é preciso fazer opções de investimento e essas opções de investimento é que se vão traduzir, efectivamente, na capacidade de nós podermos mitigar as consequências das alterações climáticas que a nossa Região também sente”, sustentou.

“(..) é importante que todos os municípios percebam que cada um tem que fazer a sua parte”, frisou.

Cada cidadão em média, na Madeira, consome o triplo de água de um cidadão ao nível nacional, o que acontece não porque a consome efectivamente, mas porque há uma perda entre o abastecimento e o fornecimento em alta e aquilo que chega a casa. “Sem esta intervenção a meio será impossível”, acrescentou.