“Agora querem encostar o homem”?, questiona Filipe Malheiro sobre a “encomenda” ou “incompetência” do PSD-M em apontar Calado à Câmara do Funchal

CALAdo
Luís Filipe Malheiro ilustrou o artigo com esta imagem da notícia do DN.

O DN publicou uma peça com o título “Pedro Calado apontado para a Câmara do Funchal”, como sendo uma potencial escolha do PSD-Madeira para uma candidatura, em 2021, à liderança da Autarquia funchalense. O JM “respondeu” com “Manuel António apontado pelo PSD para o Funchal”. São as dietribes político partidárias travadas nos jornais como método que vem sendo a normalidade recente de alguma informação na Madeira.

A este propósito e tendo como base a primeira informação, o comentador Luís Filipe Malheiro, um social democrata de primeira hora, no seu blog ultraperiferias, questiona de forma muito contundente: “Mas afinal as prioridades do PSD resumem-se ao Funchal? E a recuperação das outras banhadas autárquicas em 2017, quase todas elas por culpa própria? E quem foi que disse que mesmo com Paulo Cafôfo fora da corrida ao Funchal – ele ganhou as autárquicas de 2013 e 2017 – que uma candidatura previsível de Miguel Gouveia, que era o número dois de Cafôfo, é uma candidatura fragilizada, mesmo contando com alguns problemas que aos poucos começam a surgir na cidade e a indiciar alguns sinais de degradação que obrigarão a edilidade socialista funchalense a precaver-se? Duvido dessa fragilidade”.

Malheiro começa o artigo precisamente por considerar que leu nos jornais “notícias passadas deliberadamente pela “rede” com objetivos claros exploratórios”, o que faz com que se interrogue “sobre se afinal a incompetência política continua a prevalecer depois de 5 anos de poder, ou a idéia é mesmo criar um problema ao GRM (e ao PSD-M), em 2021, sabendo-se, gostem ou não de ouvir, que o actual vice presidente foi responsável por estancar uma imagem em degradação quase diária do executivo antes da remodelação feira em devido tempo. Não fora isso e a hecatombe eleitoral teria sido tremenda. Agora querem encostar o homem? Meu Deus, com tantas lições para aprender e retificar, com tudo o que de absurdo e incompetente se passou nas autárquicas de 2017 e continuam a cometer asneiras, pior do que isso, fazendo tudo nas costas das bases do PSD-M, a quem, depois, pedem o voto? Com que autoridade? Acabem com essas notícias anedóticas que deliberadamente plantam nos meios de comunicação social, e por favor concentrem-se no essencial, na governação”.

Luís Filipe Malheiro coloca em cima da mesa duas hipóteses: ou é “encomenda” ou “incompetência”, abordando a questão na valorização de Pedro Calado no Governo Regional, considerando-o mesmo determinante para segurar a liderança govenativa de Albuquerque. Defende que é preciso começar do zero. “e começar do zero é fazer uma inventariação séria  do que foi feito nas freguesias e nos concelhos onde perderam as eleições preparando assim o terreno para o combate eleitoral em 2021, sensivelmente daqui a dois anos. Tempo mais do que suficiente para fazerem o trabalho de casa que, admito, não tenha sido feito em 2013 e em 2017 de forma devida”.