Padre Martins comemorou 81 anos e agradeceu na Ribeira Seca a múltiplas personalidades que o apoiaram

A Ribeira Seca está hoje em festa para comemorar os 81 anos do padre Martins Júnior. Ultrapassada a barreira das oito décadas, o polémico sacerdote revelou estar todavia em forma nos seus dotes de oratória ao falar aos fiéis da localidade no templo cristão sob sua responsabilidade. Hoje, na celebração do seu aniversário natalício, e uma vez afastada a sombra que sobre ele pendeu durante décadas, com a suspensão “a divinis” instaurada pelo anterior bispo do Funchal, D. Francisco Santana, e entretanto levantada pelo actual prelado, D. Nuno Brás, a festa foi mais feliz do que anteriormente. Disso mesmo deu conta o padre Martins, ao falar à assistência que encheu a igreja da Ribeira Seca. Desta vez, Martins Júnior fez questão de desviar as homenagens de si próprio para agradecer àqueles que de uma maneira ou outra o apoiaram, durante o seu “percurso do deserto”.

E assim, chamou para a ribalta, que é o mesmo que dizer, para a frente do público uma série de personalidades convidadas, com as quais se gerou uma mútua simpatia. Estas pessoas, da Madeira, do continente e do estrangeiro, incluíram a historiadora Raquel Varela, o padre e professor catedrático da Universidade de Coimbra, Anselmo Borges, a docente da UMa, Teresa Nascimento, os padres Mário Tavares e José Luís Rodrigues, além de outros sacerdotes, e o artista plástico Ricardo Gouveia (Rigo 23, o mais internacional dos artistas madeirenses), o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Franco, entre outros.

O padre Martins agradeceu a cada um especificamente, sublinhando o caso do padre Mário Tavares, que, considerou, tal como ele, soube o que é a dura realidade de se ser maltratado e achincalhado pelos poderes vigentes.

A festa foi rija no adro da igreja e não faltaram canções populares e popularuchas para entreter a assistência. O FN não ficou presente muito tempo, mas prometia-se prosseguir as festividades até às duas da manhã.

A organização do evento, pela voz de Irene Catanho, apresentou o padre Martins como “um líder religioso, social e cultural” exemplar para o povo da Ribeira Seca durante 50 anos, e que antecipou, no catecismo que ensinava, a actual doutrina do papa Francisco.