Teófilo Cunha insiste na aquicultura e repete chavão da “economia azul”

Teófilo Cunha, secretário regional do Mar e das Pescas, fez um extenso discurso no final do debate do programa de Governo hoje na Assembleia Legislativa Regional, o qual já ia longo. Porém, começou por sossegar os presentes já no princípio, prometendo que não se alongaria para além das 19 horas. A sua intervenção ficou marcada pela repetição do chavão “economia azul”, ultimamente bastante utilizado pelo Governo Regional, apesar das restrições colocadas pela União Europeia ao desenvolvimento de uma frota pesqueira verdadeiramente capaz numa plataforma marítima que é das maiores da Europa. Porém, Teófilo Cunha continua a apostar na importância económica do mar no presente e no futuro e garante que pretende usar ao máximo os apoios comunitários possíveis para investimentos nesta área. Recorde-se que a UE apoiou recentemente uma renovação da nossa frota pesqueira, mas que não significou de modo nenhum novas e capazes embarcações – apenas a recuperação de algumas já existentes.

As infraestruturas portuárias e os barcos da pesca do peixe espada estão na mira de Teófilo Cunha: é aqui, declarou, que pretende facilitar apoios e realizar obras. Parte do investimento continuará a ser na aquicultura, a tão polémica actividade que tem gerado discussão sobre a sua utilização e proliferação nas belas costas da Região, em detrimento da imagem turística. Para o novo secretário do Mar, a aquicultura é importante precisamente dadas as restrições à pesca em alto mar. Os socialistas questionaram, e criticaram o programa de governo, inclusive naquilo que a Teófilo diz respeito, como mais do mesmo, um emaranhado de promessas e intenções que já antes se viram, insuficientemente materializadas. Mas o governante respondeu-lhes assegurando que as leis que gerem a aquicultura são respeitadas pelo Governo Regional.