No que diz respeito ao Turismo, o Programa de Governo, hoje apresentado no Parlamento, lembra que se trata de “um setor que representa 25% a 30% do VAB regional, tem um peso extraordinário na dinamização do comércio e dos sectores com os quais interage, criando riqueza e representando mais de 16% do total do emprego existente, o que significa mais de 20.000 postos de trabalho”.
Nesta região Insular e Ultraperiférica, tem sido, ao longo das últimas décadas, sobretudo a partir da conquista da Autonomia, “a principal causa e motor do lançamento e implementação de projetos estruturantes com claros benefícios líquidos para o Orçamento Regional, mas também no que se refere à criação, utilização e maximização das infraestruturas que, entretanto, foram sendo criadas, em toda a ilha, para melhor responder às necessidades e expectativas da população, em primeiro lugar e, depois, por quem nos visita”.
NO texto, refere-se que “apesar do crescimento ocorrido nas duas últimas décadas, tendo, inclusivamente, atingido, em 2017, cerca de 7,5 milhões de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros (note-se que este é o valor mais elevado de sempre), o que, na verdade, significa, mais de 8 milhões de dormidas, com a contabilização de todas as tipologias de alojamento, o facto é que a partir do Verão de 2018, fruto de uma conjuntura internacional adversa, nomeadamente no que se refere às falências das companhias aéreas que operavam para a Madeira, a que se junta o recrudescimento de mercados internacionais, anteriormente em crise, o sector do Turismo tem vindo a apresentar sinais de abrandamento, em particular nos valores mensais de hóspedes e dormidas, o que tem resultado em valores negativos nos acumulados no ano de 2018, -1,2% e -0,8%, respetivamente”.
De igual modo, em 2019, “os dados estatísticos mostram a manutenção desta tendência, com uma diminuição progressiva, conforme se verifica já nos dados disponíveis do Verão IATA 2019. 45 Por conseguinte e para inverter esta situação, de modo a garantir a sustentabilidade do destino, a melhoria da sua atratividade e competitividade, propõem-se, com base numa vontade e compromisso envolvendo o sector público e privado, novas orientações, pois, só assim, nesta conjugação e parcerias, entre sector público e privado, será possível, novamente, o Turismo, na Madeira, inverter esta tendência e voltar a crescer, evoluindo positivamente enquanto motor do desenvolvimento económico e social da Região”.
Orientações Estratégicas
. Reforçar a promoção e a notoriedade do destino.
. Aprofundar as boas práticas na gestão dos seus ativos.
. Incrementar as novas tecnologias e ferramentas de comunicação, informação e promoção.
. Valorizar a qualificação dos profissionais do sector.
. Sensibilizar e captar os jovens para a profissionalização no sector.
. Monitorizar e promover o melhor conhecimento do sector.
. Inovar e modernizar a oferta.
. Enriquecer a animação turística.
. Afirmar a diferenciação do destino por via da autenticidade.
. Reforçar o desenvolvimento digital do destino.
. Promover o aumento da satisfação dos turistas.
. Consolidar a qualidade da cultura madeirense do “bem-receber”.
. Preservar e valorizar o património natural, histórico e cultural.
. Assegurar a regulamentação e fiscalização do sector.
. Aprofundar o relacionamento com o Observatório do Turismo.
. Reforçar a ligação e cooperação com os parceiros do sector.
. Consolidar os mercados existentes, conquistar novas origens e envolver mais operadores na operação turística