Chega defende redução da carga fiscal

(Texto Lusa) O cabeça de lista do Chega às eleições regionais da Madeira, Miguel Teixeira, defendeu hoje uma diminuição ou mesma eliminação de impostos para toda a população através da “redução do peso da máquina do Estado”.

“A população tem sido muito massacrada por impostos. Queremos a redução dos impostos sobre as pessoas ou até eliminar. Quando falo nisto, toda a gente pergunta ‘como vais fazer isso?’. A minha ideia é fazê-lo através da redução do peso do Estado. Uma das nossas bandeiras é reduzir dos atuais 47 deputados para os 22, quase 3% do orçamento da região”, disse à agência Lusa Miguel Teixeira, que começou o dia no Pico dos Barcelos, freguesia de Santo António, no concelho do Funchal.

O candidato defendeu à Lusa que é preciso emagrecer todos os cargos do governo, a gordura governamental a mais, referindo que o executivo “criou uma máquina administrativa demasiado grande”.

Miguel Teixeira considerou também que deve ser dado mais poder às câmaras municipais, pois são elas que melhor conhecem os problemas das pessoas e as suas necessidades.

“Há pouco tempo estive reunido com um presidente da câmara de um partido que não está no governo que me disse: ‘Nós, se não passarmos a mão pelo pelo do governo, não temos nada, nem dinheiro para varrer as ruas’”, contou.

Para o cabeça de lista do Chega, o Governo Regional (PSD) faz distinção entre as câmaras que têm a sua cor política e as que não têm.

“O governo tem a obrigação de olhar para as câmaras da mesma forma. Esta forma de fazer política é lamentável”, sublinhou.

Depois de começar a ação de campanha hoje de manhã no Pico dos Barcelos, Miguel Teixeira deslocou-se ao Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos, onde falou sobre vários assuntos com as pessoas, entre os quais o problema do desemprego e da agricultura.

“O Curral das Freiras fica no centro da ilha [da Madeira], não se vê o mar e é rodeada por montanhas. Tem uma população envelhecida e que emigrou durante anos. Parte dos que foram para a Venezuela regressaram, chegaram aqui e não encontraram trabalho. Por isso, tiveram de dedicar-se à agricultura, tomando conta das terras dos pais e dos avós”, disse.

A situação agravou-se, segundo Miguel Teixeira, quando o Governo Regional decidiu obrigar as pessoas a ter contador da água.

“No Curral das Freiras as pessoas tinham aquilo que aqui chamamos de água de pena, que são nascentes naturais nas suas terras, canalizavam água até às suas casas, mas o governo proibiu e obrigou à instalação de contadores”, disse.

No seu entendimento, o objetivo é cobrar taxas e impostos que aparecem com a conta da água.

“Estamos a falar de água que é dos proprietários, que está nos seus terrenos. Isto é uma injustiça e tem revoltado as pessoas da zona. O Chega da Madeira é para as pessoas. É para eles que existimos e é para eles que estamos e vamos trabalhar”, concluiu.