A reunião desta noite da Junta de Freguesia de São Gonçalo não descambou por muito pouco. O ambiente ficou tenso, a determinado momento, a tal ponto de haver necessidade de intervenção de alguns membros dos orgãos ali representados, tendo em vista apaziguar um episódio protagonizado por um membro da junta, da Coligação, que de acordo com o que conseguimos apurar, por pouco não chegou a “vias de facto” tendo como alvo o segundo secretário da Assembleia Municipal, do PSD.

Esta reunião tinha tudo para ser cordial e de acordo com o que nos foi relatado, todos os partidos evidenciaram uma postura que parecia conduzir a um debate pacífico, com discordâncias naturais em função das diferenças ideológicas, programáticas e estratégicas, mas dentro de um patamar de entendimento no contexto da discussão política e dos pontos de vista relativamente ao que está feito e ao que falta fazer na freguesia, registando-se inclusive palavras de apreço, mesmo da oposição local, relativamente a um evento que a Junta levou recentemente a efeito.

E esta consensualidade foi mais longe quando todos, numa decisão inovadora, decidiram que a reunião seria, na sua parte final, aberta aos fregueses, com o propósito de poderem colocar questões tendentes a eventuais esclarecimentos e prestação de contas nesta dialética entre “governantes e governados”. E foi assim, a população começou a fazer perguntas e o presidente Bruno Ferreira a responder. Até que o clima aqueceu consoante as perguntas foram sendo mais incómodas, com a consequente “subida da temperatura” por parte da oposição. E assim, não foi difícil o que se passou a seguir.

Esta situação levou a um extremar de posições e vários presentes relatam que um dos elementos da Junta, cujo nome não foi revelado ao FN, esboçou uma tentativa de pedir esclarecimentos ao segundo secretário da Assembleia de Freguesia, orgão presidido por Tiago Freitas, valendo na altura a intervenção de várias pessoas no sentido de evitar consequências maiores para aquele gesto.

Nesta reunião, o PSD apresentou propostas no sentido da limpeza de zonas urbanas da freguesia, denunciou derrames de água, bem como “a demora na resolução das fugas; sugeriu reuniões com a Proteção Civil  Municipal e expressou a preocupação com as bocas de incêndio que não funcionam”. Defendeu a “melhoria para as paragens de autocarros que se encontram degradadas e sem condições para os fregueses; Apontou o “acompanhamento do desenvolvimento da habitação na freguesia, entre outras medidas”.