O médico Rafael Macedo desenvolveu ontem, na sua página da rede social Facebook, uma emissão em direto enquanto candidato do PURP às eleições regionais de 22 de setembro, abordando a temática da Saúde e muito particularmente o cancro, deixando claro o seu propósito de lutar para voltar a ser médico no Hospital Nélio Mendonça.
Recorde-se que o clínico era responsável pela unidade de Medicina Nuclear e está suspenso pelo SESARAM, com processo disciplinar, em virtude das declarações prestadas à TVI, e mais tarde em sede de Assembleia Regional, sobre o que considerou como deficiente funcionamento de alguns serviços públicos em benefício dos privados.
Ontem, Rafael Macedo defendeu a existência, na Madeira, de um mini IPO (Instituto Português de Oncologia), elogiando este organismo em Lisboa, Porto e Coimbra, pela excelência do serviço. Diz que o serviço público deveria ter disponível uma PET (Tomografia Computorizada por Emissão de Pósitrons), que em sua opinião permitiria “uma maior eficácia na deteção de tumores e encaminharia para um tratamento mais adequado, evitando excessos de quimioterapia e radioterapia”.
O médico criticou o comportamento dos partidos do chamado “arco do poder”, no caso PSD, PS e CDS, mas dirigiu também críticas generalizadas à oposição, pelo silência evidenciado relativamente aos problemas da Saúde. Apontou o dedo aos deputados e disse estar na posse de dados que lhe permitem revelar que um deputado ganha 1800 euros de ordenado mais 7 mil euros de compensações mensais, perfazendo um total de 7.800 euros.
Foi também neste contacto com o eleitorado, através do direto no Facebook, que Rafael Macedo revelou que o SESARAM pagou, no último mês, 59 milhões de euros à Quadrantes, apelando a esse mesmo eleitorado que tenha uma opção diferente nas próximas eleições regionais. “A mensagem é para aqueles que deixaram de acreditar nos políticos do poder”