Bloco de Esquerda diz que a realidade desmente os números de crescimento do Governo Regional

O Bloco de Esquerda esteve hoje na Rua de João Tavira, numa acção na qual constatou várias lojas e centro comercial encerrados naquela artéria nobre do Funchal. Uma ocasião para criticar as estatísticas do Governo Regional da Madeira, de contínuos 70 meses de crescimento, e a taxa de desemprego mais baixa desde 2012.
A isto, o BE contrapõe “tantos estabelecimentos por reabrir e dois mil candidatos para 20 vagas (na CMF), 200 dos quais licenciados, quando se exige o 12º ano. A realidade desmente as estatísticas e o discurso do Governo Regional”.

O coordenador do Bloco, Paulino Ascensão, considerou que as pequenas empresas são quem cria a esmagadora maioria do emprego, no sector privado, sendo no entanto as grandes “que têm toda a atenção e tratamento de favor e são quem manda no Governo”.

Paulino Ascensão apontou que o PSD baixou o IRC. “Isso favorece as grandes empresas, as mais lucrativas, que são aquelas que têm negócios com o Governo, essas é que beneficiam em milhões com a descida do IRC. Para as pequenas empresas o IRC conta pouco. A descida do IVA seria uma alternativa mais justa, pois beneficiaria todas as empresas, grandes e pequenas”, refere.

“Os custos de transporte são outra condicionante da vida das pequenas empresas, os fretes são escandalosos e deixam todos os negócios na mão do monopólio do grupo Sousa”, acusa o Bloco, que, “sem alternativa e sem fiscalização contra os preços exorbitantes, determina que negócios irão sobreviver e quais vão fechar”.

Já “os partidos do arco dos interesses (PS, PSD e CDS) andam numa peregrinação e bajulação pelas empresas dos grandes grupos regionais”, acusa o BE, que se compromete com a descida do IVA para beneficiar toda a actividade económica e baixar o custo de vida na Madeira” e “com o fim da concessão dos portos”.