CDS defendeu hoje ensino até ao 12º ano no Caniço e isenção de dar aulas para professores com mais de 60 anos

O CDS-PP deu a conhecer hoje duas das ideias que integram o programa de governo do partido para a área da Educação: a implementação do ensino secundário até ao 12.º ano de escolaridade na freguesia do Caniço, justificando a decisão com o crescente número de habitantes que, nos último anos , fixaram residência na freguesia, e a possibilidade, voluntária, de os professores que atingem os 60 anos de idade poderem ficar isentos da componente lectiva, mantendo-se nas escolas noutras funções.
“Se o povo incluir o CDS na formação do próximo Governo Regional, o CDS irá bater-se para que ao longo da próxima legislatura haja o 12.º ano de escolaridade no Caniço”, prometeu o deputado António Lopes da Fonseca, durante uma acção de pré-campanha junto à escola básica de 2.º e 3.º Ciclos daquela freguesia. “Os pais, se assim entenderem, têm a possibilidade de manterem os seus filhos nesta freguesia até ao 12.º ano, que é aquela em que residem, o que poderá contribuir para a estabilidade emocional de muitos jovens, que não terão de deslocar-se para o Funchal”, referiu.
O Caniço tem hoje cerca de 21.000 eleitores e uma grande percentagem de população jovem, constata o partido. Quando entram para o ensino secundário, os jovens têm como opções as escolas Francisco Franco e Jaime Moniz, ambas situadas no Funchal. “Esta medida vai ao encontro do ensejo de muitas pessoas que nos contactaram”, declarou o parlamentar centrista.
A segunda proposta é direccionada para o corpo docente. “Outra medida que deve ser implementada ao longo da próxima legislatura é a possibilidade de os professores com 60 e mais anos de idade poderem ficar isentos da componente lectiva”, referiu, admitindo que esta opção iria rejuvenescer a classe docente com a entrada de novos professores. “Será sempre uma opção”, sinalizou António Lopes da Fonseca. “Os professores que quiserem leccionar até à idade da reforma podem fazê-lo, mas ficariam com a possibilidade de isenção da componente lectiva. Não deixariam de trabalhar, como é óbvio, porque teriam outras actividades nas escolas, mas seria uma forma de reconhecer-lhes o mérito de uma carreira tão longa”, defendeu.
Lopes da Fonseca admitiu que a implementação do ensino secundário no Caniço possa vir a requerer adaptações do parque escolar da freguesia cidade. “As soluções terão de ser ponderadas”, sugeriu. “Será a adaptação desta escola (2.º e 3.º ciclos)? A construção de uma nova escola? A adaptação de infra-estruturas que existem na freguesia? Tudo isto terá de ser pensado. Para nós o fundamental é que que exista o 12.º ano para que as famílias possam ter cá os seus filhos, se essa for a opção, mas também poderem ir para o Funchal, se assim entenderem.”