O médico Rafael Macedo, que foi responsável pela unidade de Medicina Nuclear do Serviço Regional de Saúde, e que se encontra suspenso a aguardar decisão do processo disciplinar que lhe foi instaurado pelo SESARAM em consequência de declarações à TVI e na comissão de inquérito, veio hoje a público, já no âmbito da sua candidatura pelo PURP às regionais de setembro, insurgir-se contra duas situações, as declarações de Miguel de Sousa na sessão solene do 1 de julho, em Machico, contraditórias com as que proferiu em 2017 sobre Jardim, e a pressão que afirma existir junto dos médicos a propósito da anunciada greve, para 2 e 3 de julho.

Rafael Macedo afirma não ser apologista de greve numa área tão crítica como a Saúde, mas afirma ter conhecimento de pressões, junto de médicos e enfermeiros, por parte do SESARAM. Por isso, pede para que aqueles profissionais não se deixem levar, pede também para que não façam greve mas “marquem uma posição, não tenham medo”.

Também hoje, o candidato do Partido Unidos dos Reformados e Pensionistas, critica a intevenção do deputado Miguel de Sousa, do PSD, na sessão solene comemorativa do Dia da Região, onde o parlamentar diz que “Jardim foi o herói da Autonomia”. Rafael Macedo aponta o dedo ao social democrata e mostra porquê: as contradições. Com imagem de uma entrevista concedida por Miguel de Sousa ao JM, em 2017, mostra a divergência que existe entre as duas posições, relativamente ao que foi agora dito e sobre a mesma temática, Jardim e a sua governação. Na altura, o título da entrevista foi “Regime Covarde e Corrupto”.

“Incrível esta gente faz de tudo para manter-se no poder”, reage o médico na sua página da rede social Facebook.

Apresentando a sua candidatura “pela verdade”, Rafael Macedo denuncia, ainda, que um médico “arrancou” uma mama errada a uma mulher e valeu-lhe 9 dias de suspensão; Eu denunciei injustiças do nosso hospital com o objetivo de o melhorar, estou suspenso por tempo indeterminado”.