CDU denuncia que há partidos que se preparam para “atraiçoar” a votação na Madeira sobre a mobilidade aérea

CDU-foto iniciativa 20-06A CDU fez hoje uma declaração lembrando que “desde o lançamento dos processos de liberalização das ligações aéreas  e da liberalização dos preços dos bilhetes de avião entre a Madeira/Porto Santo e o resto do País, a CDU tem uma clara proposta, já apresentada e votada no Parlamento: com a justa aplicação do princípio da continuidade territorial, os residentes nesta Região  estariam, no máximo, a pagar 60 euros de ida e volta”.
Nos próximos dias, refere a CDU, “deverá ser votada a proposta que foi aprovada por
unanimidade pelo Parlamento Regional. Não corresponderá ao modelo defendido pela CDU, mas foi o texto a que foi possível chegar para melhor salvaguardar uma desejável con-vergência na Assembleia da República. A proposta legislativa aprovada por unanimidade no Parlamento da Região afirma o interesse regional e permite avançar para a eliminação das normas mais gra-vosas da legislação vigente. O projecto legislativo da Madeira dá resposta resolutiva a cada uma das situações que maior protesto tem suscitado por parte das populações que residem nestas ilhas. É, inquestionavelmente, uma proposta vantajosa para quem é da Madeira e do Porto Santo”.

A CDU sublinha que “em coerência, deveria implicar que cada Deputado do Parlamento da Madeira, que cada deputado da Madeira no Parlamento Nacional, que cada um dos Partidos com representação na Assembleia Legislativa da Madeira, em defesa do  superior interesse regional e para honrar a palavra dada na Região, numa questão tão relevante e decisiva para os direitos do povo das ilhas, em coerência, deveria requerer um total envolvimento na defesa e na aprovação da proposta que agora será votada na Assembleia da República.”

“Todo este quadro de afirmação de princípios ganha pleno sentido quando se sabe que existem fortes indicadores de que alguns dos partidos se  preparam para atraiçoar a palavra dada no Parlamento da Região. Não  só a partir da primeira votação realizada na Assembleia da República,  onde o PS votou contra a proposta da Madeira, como pelo facto de outros partidos, em lugar do envolvimento na defesa da proposta aprovada por unanimidade, aqui na Região, se preparam para desviar atenções e baralhar o processo através de propostas paralelas à da Madeira, crescem as preocupações quanto a um quebrar da palavra dada nesta Região”.