Nacional acusa TAP de “mascarar a realidade” e desafia Bernardo Trindade a tomar posição sobre o fim da tarifa de desporto”

Nacional sporting12
Nacional revela que, relativamente ao estágio da pré-temporada, apesar de marcadas com mais de um mês de antecedência, as viagens vão custar mais 36% do que custariam se estivesse em vigor a tarifa do desporto.

“Uma mentira muitas vezes repetida não se torna uma verdade. Por muitas vezes que essa mentira seja repetida”, foi assim que o Nacional reagiu às posições da TAP sobre o fim da tarifa de desporto, que pode colocar em causa a deslocação das equipas madeirenses ao continente para a disputa das diferentes competições. E não poupou Bernardo Trindade, desafiando o madeirense que é administrador não executivo da TAP a ajudar a resolver o problema.

O Nacional emitiu uma nota, no seu site, referindo que “na sequência do comunicado emitido pelo CD Nacional, Futebol SAD dando conta da decisão da TAP em abolir a tarifa do desporto e denunciando as consequências daí resultantes para as equipas desportivas da Região Autónoma da Madeira, veio a companhia aérea afirmar que o novo modelo será vantajoso para os clubes, uma vez que permitirá em 60% dos casos viajar com uma tarifa mais baixa do que a até agora aplicada”

O clube aponta que “depois de ter garantido que os preços das ligações aéreas entre o Continente e as ilhas eram módicos, vem agora a companhia uma vez mais socorrer-se de números e estatísticas para mascarar a realidade e esconder uma verdade inquestionável: O fim da tarifa do desporto deixa as equipas da Região Autónoma da Madeira reféns de uma política de preços abusiva e absurda, que aproveita de forma inaceitável o modelo do subsídio de mobilidade em vigor para aumentar substancialmente os rendimentos da empresa e os prémios a distribuir por alguns dos seus colaboradores”

O Nacional deixa um exemplo concreto: As viagens da equipa sénior de futebol do CD Nacional para o estágio de preparação de pré-temporada a realizar no Continente, apesar de marcadas com mais de um mês de antecedência, vão custar mais 36% do que custariam se estivesse em vigor a tarifa do desporto. E isto optando pelos horários mais baratos e não pelos mais adequados a uma equipa profissional.

O clube continua dizendo que “atendendo à realidade do desporto, em que as alterações nos dias e horas de jogos são feitas com duas a três semanas de antecedência, facilmente se percebe que os tais 60% de que fala a companhia dificilmente serão atingidos. Bem pelo contrário. Único a lucrar: a TAP”.

Assim, “mais do que o apelo, fica o repto a todas as instituições públicas do país e às coletividades desportivas da Região para que se juntem na contestação a esta medida e também o desafio ao administrador da TAP, Bernardo Trindade, para que assuma de forma clara e inequívoca o seu papel, ajudando a encontrar uma solução que permita aos clubes da Região viajar sem custos acrescidos. Só assim se garantirá a sua participação nas competições nacionais e consequentemente a continuidade territorial”.