Entrevista de André Ventura ao FN: “Senti que o sistema não queria que o CHEGA se formasse”

O cabeça de lista da coligação “Basta!” às Eleições Europeias do próximo domingo, André Ventura está na Madeira para uma jornada de campanha eleitoral.

Ao Funchal Notícias desmistifica mitos em relação aos seus propósitos e à coligação que representa.

FUNCHAL NOTÍCIAS: Sentiu entraves na criação do Chega e da coligação Basta?

ANDRÉ VENTURA: Senti que o sistema não queria que o CHEGA se formasse. Alguns entraves legais, na minha perspetiva, não se justificavam. Mas demonstra bem o receio que o sistema tem de uma nova força autêntica e politicamente incorreta.

FN: O Chega é a versão portuguesa do Vox espanhol?

AV: O CHEGA tem feito pontes com várias forças internacionais, entre as quais o VOX e a Liga, mas não será cópia de nenhum deles. Isto é um partido português e para Portugal, será essa a única conotação que pode ter.

FN: Considera-se xenófobo?

AV: Nada. Em que medida podemos falar de xenofobia? Dizer que não queremos andar a trabalhar para sustentar quem não quer fazer nada é xenofobia? Dizer que uma Europa sem controlo é um espaço aberto e perigoso é xenofobia? Nós não somos xenófobos, dizemos é verdades inconvenientes.

FN: A ideia do Chega é também concorrer às Legislativas Regionais de 22 de setembro?

AV: Sim, naturalmente. Queremos tomar parte nestas importantíssimas eleições.

FN: O André Ventura político inspira-se no André Ventura comentador de futebol ou vice-versa?

AV: São duas dimensões diferentes, futebol e política não se podem misturar. Tenho de fazer um esforço para separar o futebol desta candidatura política. Nem sempre é fácil…

FN: O Chega vai criar uma estrutura regional da Madeira liderada por Miguel Teixeira?

AV: Tenho total confiança nas pessoas que estão neste momento a fazer crescer o CHEGA na Madeira. Logo a seguir à Convenção Nacional haverá eleições na estrutura da Madeira e será eleito quem os militantes quiserem.