Câmara do Porto Moniz responde ao PSD sobre a “Estrada da Rocha”

A Câmara Municipal do Porto Moniz veio responder hoje a uma nota de imprensa emitida pela vereação do PSD, no domingo, dia 19. Diz a CMPM que “aprecia a preocupação do vereador do PSD (…) relativamente à Estrada Regional 101, entre Porto Moniz e São Vicente, sendo contudo de lamentar que não reconheça os contínuos esforços levados a cabo por este executivo do Partido Socialista, na tentativa de manter transitável a Estrada Regional 101, entre Porto Moniz e São Vicente, mais conhecida como ‘Estrada da Rocha’”.

O executivo de Emanuel Câmara considera “importante que se reponha a verdade sem alimentar a “novela” encenada pelo Sr. Vereador que, pelas declarações proferidas na edição escrita do Diário de Notícias de 19 de Maio, continua a demonstrar claro desconhecimento dos dossiês”.

Diz a nota às Redacções que o Município de Porto Moniz “estranha que a preocupação com o estado da Estrada da Rocha, por parte da vereação do PSD, não tenha ocorrido quando a responsabilidade da manutenção e segurança desta via estavam a cargo do Governo Regional da Madeira, com concessão desta estrada à “Concessionária De Estradas Via Expresso Da Madeira SA”.

“(…) esta concessão, de montante desconhecido até hoje, resultou apenas na colocação de placas informativas e correntes que impediam a circulação, não tendo sido efectuado qualquer trabalho de limpeza que permitisse a abertura da Estrada da Rocha ao trânsito”, diz o executivo de Emanuel Câmara.

“Depois de anos de concessão à Via Expresso, numa espécie de “embrulho” mal-amanhado, apressado e inconsequente, o Governo Regional “ofereceu” a Estrada da Rocha às autarquias de S. Vicente e Porto Moniz, sem o correspondente e tão necessário envelope financeiro. A partir daí, todos os males da Estrada da Rocha passaram a ser escandalosamente imputados ao poder local”, critica a Câmara, que considera “ofensivo, para todos os madeirenses em geral e para os naturais da Costa Norte em particular, considerar-se a Estrada da Rocha “um legado do PSD-Madeira”. Esta estrada é um legado de todos quantos, arriscando a vida, colaboraram, durante anos, na sua construção e manutenção. É a eles que devemos reconhecimento e gratidão e não a um Governo que “ofereceu às autarquias” uma Estrada com troços já inexistentes ou cobertos de entulho e matagal, com acessos interditos com recurso a paredes construídas a blocos”.

“Reconhecendo a importância deste património histórico para a nossa população e para os turistas que nos visitam, o Município de Porto Moniz aproveita para questionar o Sr. Vereador sobre a data prevista para o início das obras da primeira Estrada Ecológica, entre São Vicente e Porto Moniz, projecto anunciado por Miguel Albuquerque em maio de 2014, e que seria a solução para a recuperação da ‘Estrada da Rocha’. Mais do que apontar falhas, ser oposição é levantar problemas sugerindo soluções exequíveis. O Vereador Dinarte Nunes tem demonstrado um gritante amadorismo político e um desconcertante desconhecimento da realidade das necessidades da população e dos dossiês de governação do Município, mostrando claramente que funciona ‘telecomandado’ por uma “máquina enferrujada” que mais não faz do que disparar tiros de pólvora seca, que já causaram, inclusivamente, a renúncia de mandato do vereador Rui Nelson, ele sim eleito democraticamente pela população do Porto Moniz. E não seja o PSD-Porto Moniz demasiado previsível ao ponto de exigir que o Rui Nelson venha desmentir este facto. Poupem-no e poupem-nos a tal cena”.

“A Estrada da Rocha necessita de uma intervenção que não é comportável com um orçamento camarário e que só se concretizará quando, por parte do Governo Regional houver vontade de investir e recorrer a candidaturas a fundos europeus para que não se perca, diante dos nossos olhos, uma herança tão importante. Enquanto tal não suceder, este executivo vai fazendo pela Estrada da Rocha o que pode e com os meios de que dispõe, continuando a aguardar pela cooperação de um Governo Regional que mais não tem feito do que virar costas às autarquias que não partilham da sua cor política”, conclui a nota do Município nortenho.