Fernão Manuel de Ornelas Gonçalves. Um nome e um homem na História da Madeira, mas particularmente na História da cidade do Funchal, onde deixou marcas da governação autárquica, perpetuada no tempo, “atravessando” gerações da mesma forma que “revolucionou” o desenvolvimento da época. É esse homem que amanhã, sábado, será homenageado com um busto e a presença do neto, quando a Rua que tem o seu nome for aberta depois das obras que resultam no encerramento de grande parte do percurso ao tráfego automóvel, privilegiando a circulação pedonal.
Fernão de Ornelas, advogado, foi presidente da Câmara do Funchal entre 1935 e 1946. E não foi mais porque se desentendeu com o governador e foi afastado de novo mandato, fazendo com que este madeirense, que nasceu em São Pedro a 14 de junho de 1908, optasse por passar a viver em Lisboa, onde morreu em maio de 1978, com 69 anos de idade.
Recebeu a Comenda da Ordem Militar de Cristo e em 2008 recebeu, a título póstumo, a Medalha de Honra da Cidade do Funchal, distinguindo, assim, uma figura ímpar da política madeirense, que teve um papel preponderante na visão futura da cidade do Funchal.
Na cerimónia de reabertura da rua ao acesso pedonal, amanhã, sábado, 18 de maio, pelas 11 horas, a Câmara anunciou a presença, neste momento simbólico, de André Ornelas Gonçalves, neto do antigo Presidente da Câmara.
Hoje, ultimam-se os promenores para este momento de mudança da Rua Dr. Fernão de Ornelas, encerrada à circulação automóvel e que envolveu uma intervenção que consistiu num projeto arquitetónico de requalificação do arruamento, bem como na substituição das redes de saneamento básico, e traduz um investimento de 313 mil euros da Autarquia.
Como já foi referido em reportagens anteriores, o objetivo da Câmara do Funchal, liderada por Paulo Cafôfo, foi “tornar o Funchal uma cidade cada vez mais acessível, com melhor qualidade de vidas para os residentes, mas também maior atratividade para os turistas, sendo a dinamização do comércio local uma das prioridades políticas do atual Executivo camarário, por via de soluções que melhorem o espaço público, que continuaremos a promover”.