Estepilha! O Sargento baralhou!

COM RUI MAROTE

O Estepilha é militarista por natureza mas nem tudo o que vem ao prato é para comer.

Esta manhã, o Funchal foi surpreendido com as peças de artilharia de pólvora seca, em pleno coração da cidade.

O trânsito parou por breves minutos. O “estrondo” assustou os turistas mais incautos.

Tratou-se da guarda de honra ao Chefe de Estado Maior do Exército que visita pela primeira vez a Região militar da Madeira.

O Estepilha fez um esforço de memória e não se recorda de um Chefe de Estado Maior ter sido recebido com tais honras. Nem nos tempos de infância, no forte de São Tiago, quando foi guarnição militar de artilharia de costa.

Era costume soar essas peças de pólvora seca à chegada de uma esquadra de navios de guerra de países Aliado, como saudação, ou a chegada de um presidente como Craveiro Lopes, ou assinalar algum ato festivo ou uma alta personalidade.

Estepilha! Temos tido nos últimos tempos, na Madeira, o Almirante Silva Ribeiro, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, que até tem apetrechado a Região de certas infraestruturas,  em especial nas Selvagens, e o Estepilha não se recorda de, sendo o número um na hierarquia das Forças Armadas, ter sido recebido ao som de “petardos”.

Na próxima semana teremos na Região o ministro da Defesa e na semana seguinte o Chefe de Estado Maior da Força Aérea. É caso para dizer que a Madeira virou a quartel no mês de março!…

Resta saber se os paióis têm stock suficiente para as próximas honras destes ilustres visitantes e se o orçamento despendido está dentro do plano financeiro.

O professor Marcelo esteve na Madeira e o Primeiro-Ministro, António Costa e nem um foguete, “beijinhos”, diabinhos ou bombinhas de triângulo.

Estepilha! O protocolo está às avessas! O sargento baralhou!