A anunciada rutura entre o subsistema de Saúde ADSE e dois importantes grupos privados, o grupo Mello, proprietário dos hospitais CUF e o grupo Luz Saúde, que detém o Hospital da Luz, com duas unidades na Madeira, a antiga clínica de Santa Catarina e a Policlínica do Caniço, está a provocar as mais diferentes reações, com o Presidente da República a mostrar preocupação pelo sucedido.

Na Madeira, a secretaria regional da Saúde já reagiu e anunciou um pedido de esclarecimento à ministra da Saúde, Paula Temido, sobre as reais implicações desta situação, lembrando que na Região “existem alguns prestadores privados convencionados com a ADSE e como tal é importante conhecer as implicações da tomada de decisão de rutura, por parte de alguns prestadores a nível nacional, em relação aos beneficiários da ADSE na RAM.”

A Secretaria Regional da Saúde, liderada por Pedro Ramos, pretende com este pedido de informação à Ministra da Saúde, defender os direitos dos beneficiários da ADSE na RAM. “Importa relembrar que a ADSE é um Instituto Público, com dupla tutela do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças do Governo da República, cuja sua missão é assegurar a proteção dos seus beneficiários nos domínios da promoção da saúde, prevenção da doença, tratamento e reabilitação.

Diz o Governo Regional que “ao contrário do que se tem tentado demonstrar na Região, a única relação que o Governo Regional tem com a ADSE, é assegurada via IASAÚDE, IP-RAM, como parceiro institucional disponível para colaborar em igualdade de circunstância com o único objetivo de servir os cidadãos da RAM. Como tal, é importante reforçar que todas as decisões relacionadas com a gestão deste subsistema são única e exclusivamente da responsabilidade da ADSE a nível nacional, com a aprovação do Governo da República”.