PSD-M com Conselho Regional sábado, estudo interno avaliou potenciais escolhas para a Europa

PSD-Madeira em momento decisivo para a estratégia de 2019.

O Conselho Regional do PSD-Madeira, saído do XVII Congresso e presidido por Cunha e Silva, tem a sua primeira reunião marcada para o próximo sábado, 9 de fevereiro, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos. Uma reunião que acontece num contexto em que o partido, ainda que sem uma tomada de posição oficialmente assumida, debate internamente a escolha do candidato às próximas eleições europeias, integrando a lista nacional de Rui Rio em lugar elegível, só assim é que o PSD-M aceita a indicação, como de resto já vieram a público declarações nesse sentido.

Miguel Albuquerque já afirmou, publicamente, que o PSD-M ainda não tem a decisão tomada relativamente às Europeias e que Rui Rio não impôs nomes à estrutura regional, considerando especulações as notícias tornadas públicas recentemente, pelo Funchal Notícias a 22 de janeiro, referindo a preferência de Rio por Cunha e Silva, e mais tarde pelo Expresso, juntando Cunha e Silva e Rubina Leal.

Na realidade, Albuquerque assumiu uma posição considerando que não havia qualquer nome do PSD-Madeira indicado a Rui Rio. E não havia, na realidade. O que havia, e que foi mencionado, é que Rui Rio apostava em Cunha e Silva, o que de resto não era de estranhar em função da proximidade que levou o ex-vice presidente do Governo de Jardim a apoiar o atual líder do PSD nas eleições nacionais que elegeram Rio na presidência do partido.

Como o FN divulgou, na altura, a existência de uma sondagem interna, antes do Congresso, sobre as potencialidades de diversos candidatos, não garantiam o consenso a Cunha e Silva em ternos de uma eventual escolha do PSD-M para entrar, em lugar elegível, na lista de Rio. De facto, sabe-se que Manuel António Correia, Claúdia Monteiro de Aguiar e Rubina Leal ocupavam os lugares da frente para a Europa, em termos de preferências, situação que correspondia a uma posição menos forte de Cunha e Silva, que recentemente, ao Diário, anunciou estar fora dessa corrida às europeias.

Face a esta situação, e tendo em conta aquela que tem sido a posição de Manuel António Correia, fora de qualquer participação ativa no partido, não esteve no Congresso nem pretende ligações a qualquer cargo na atual estrutura, surge Rubina Leal como a figura de maior destaque, ainda que alguns setores internos defendam uma candidatura de alguém fora do circuito de topo do partido, sendo essa, como diz Albuquerque, uma decisão a tomar em lugar próprio, ou seja nos orgãos próprios do partido.

O Conselho Regional pós congresso, neste sábado, poderá debater a estratégia do partido para este ano eleitoral, onde a proximidade ao eleitorado e o regresso ao modelo jardinista de campanha, são fatores determinantes no figurino a adotar. Como de resto, foi aconselhado pelo próprio Jardim, em artigos recentes a que o FN aludiu em apontamentos na altura, onde o presidente honorário do partido defendia contactos com a população à saída das missas, todos os membros do governo ativos neste desafio eleitoral e a presença do próprio Jardim, mas com celeridade e não apenas em “cima” das eleições”.