PSD diz que Orçamento Municipal reflecte “as convicções de alguém que já abandonou o projecto Funchal”

O PSD criticou hoje o Orçamento Municipal aprovado na CMF considerando que, “mais do que governar “pelas pessoas” é preciso governar “para as pessoas”.

“Governar pelas pessoas não é suficiente! É preciso governar para as pessoas, devolvendo-lhes o esforço que elas suportam. Todos nós cumprimos a nossa parte, pagando tudo aquilo que a Câmara exige: senhor presidente devolva-nos, pelo menos, uma cidade limpa e organizada, como outrora foi”, salientou a deputada municipal Raquel Silva, na sessão de discussão do Orçamento.

Para o PSD, este é um orçamento que beneficia mais os cofres da CMF do que os munícipes. A deputada municipal social-democrata afirmou que todos sabem que a edilidade funchalense vai continuar a reter mais IRS do que a devolver aos contribuintes, e que a derrama continuará a ser aplicada. Tudo isto, frisou, apesar da CMF “registar altos níveis de receitas provenientes de impostos e taxas”, de “encerrar as contas do ano com dinheiro disponível” em caixa.

Por isso questiona: “se existe dinheiro disponível”, porque é que o Município não o aplica na reabilitação urbana, na remoção do amianto das habitações sociais, nas zonas altas, na extinção da derrama ou na devolução de mais IRS às famílias?

Na questão da devolução do IRS aos funchalenses, medida de efeito imediato na vida das pessoas, Raquel Silva assegura que “se a Câmara não o faz é porque não quer”. O Funchal não é um município fiscalmente amigo das famílias e empresários, como propagandeia. “Há muito tempo que a Câmara dá com uma mão e tira com a outra; que vive do instantâneo e da notícia”, acusou.

“(…) este Orçamento reflecte (…) as convicções de alguém que já abandonou o projecto Funchal”, concluiu.