PSD reage a notícia da “Sábado” e critica “amnésia geral” de Cafôfo no caso da árvore do Monte

A Concelhia do PSD/Funchal veio hoje, numa nota assinada pela sua presidente, Rubina Leal, insurgir-se contra “a amnésia geral do presidente da Câmara do Funchal”, referindo-se a um artigo publicado hoje pela revista Sábado, na sua edição digital, intitulado “A amnésia geral do autarca Paulo Cafôfo”, referindo-se ao interrogatório feito ao edil no Departamento de Investigação Criminal do Funchal sobre a queda da árvore que vitimou 13 pessoas em Agosto de 2017.

“É lamentável que o principal responsável político da Câmara Municipal do Funchal passe um interrogatório inteiro sobre uma tragédia que ceifou a vida de 13 pessoas, e repetimos: de 13 pessoas, escudado atrás do “não sei”, do “desconheço” ou do “não tenho presente”, refere o comunicado, que aponta ainda como “inaceitável” que o responsável máximo pela cidade do Funchal confesse, perante as autoridades judiciais, que a Divisão de Remoção de Resíduos é “chefiada por indivíduo que não tem presente”, que a Divisão de Limpeza Urbana é “chefiada por pessoa que não sabe precisar” e a Divisão de Conservação da Natureza e Recursos Naturais é “chefiada por pessoa cuja identidade não é capaz de recordar”.

Confrontado pelo Ministério Público com factos concretos sobre a gestão da Cidade, o autarca repetiu por 43 vezes as expressões que não sabe ou desconhece e repetiu outras tantas vezes que não se recorda, não tem presente, ou que isso é com os serviços, critica o PSD.

Os sociais-democratas consideram que estas atitudes tornaram claro que “Cafôfo não tem condições e não tem carácter para exercer cargos de responsabilidade política”.

“O Funchal é hoje uma cidade sem rumo porque tem um presidente ausente e que assume desconhecer as suas próprias competências, incluindo a de que é o responsável máximo pela Protecção Civil Municipal”, refere a nota às Redacções.

“As vítimas e os familiares das vítimas da tragédia do Monte mereciam outro comportamento vindo daquele que lhes garantiu ir fazer tudo o que estivesse ao seu alcance pela verdade e pela justiça. E o Funchal e os funchalenses dispensavam bem este espectáculo sinistro dado pelo actual presidente da Câmara, feito de subterfúgios indecorosos para fugir em frente e às responsabilidades”, conclui-se.