Trindade garante que uma terceira companhia faria baixar as tarifas aéreas para a Madeira

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Bernardo Trindade diz que há uma relação da TAP com o destino.

O administrador não executivo da TAP disse, hoje, no Parlamento Madeirense, no âmbito da audição parlamentar da Comissão de Inquérito à política de gestão da TAP, que a entrada de uma nova companhia aérea na rota da Madeira iria contribuir para a redução dos preços das tarifas.

Bernardo Trindade disse mesmo que “o mundo não começa nem termina na TAP. É uma companhia que tem um papel essencial para a Madeira, como se percebeu das dinâmicas que resultam da questão do transporte aéreo, tão essencial, para a Região”.

O madeirense administrador da companhia portuguesa fez, ainda, um exercício para reflexão, desafiando os deputados a imaginarem se a TAP, hoje, fosse totalmente privada, num quadro em que outras companhias ameaçam abandonar a Madeira pela questão do mau tempo. “Imagine se a TAP fosse cem por cento privada e acontecesse uma coisa dessas…”, deixou o alerta.

Foi neste do âmbito da discussão que o deputado Carlos Rodrigues lembrou a Trindade as declarações do presidente da TAP, Antonoaldo Neves, em comissão de inquérito, que disse, claramente, que a companhia não tinha responsabilidades de serviço público. Trindade respondeu que “as obrigações de serviço público existem. A TAP não é uma companhia em que a relação com o destino não existe, para o residente existe, em função do reembolso”.

Confrontado com a situação relacionada com a operação nos Açores, em que uma companhia abandonou a rota, depois da entrada de uma terceira, Bernardo Trindade diz que “a entrada de uma terceira companhia é uma realidade”, solicitando a Carlos Rodrigueds, o deputado que o interpelou a este propósito, para fazer a média da tarifa Lisboa-Ponta Delgada.