De acordo com uma informação da Embaixada da Polónia, o Funchal servirá de palco a uma homenagem ao marechal Jósef Pilsudski, uma acção que decorrerá no âmbito das celebrações do Centenário da Recuperação da Independência da Polónia.

A cidade do Funchal, refere uma comunicação da Embaixada, tem uma importância particular para os polacos, pois foi lá que o marechal Józef Piłsudski, considerado um dos principais arquitectos da independência da Polónia, passou três meses, na virada de 1932 e 1933. Por isso, o embaixador polaco em Portugal, Jacek Junosza Kisielewski, estará no Funchal a 11 de Novembro, para inaugurar, junto com a secretária regional do Turismo e Cultura, Paula Cabaço, uma exposição dedicada ao marechal Piłsudski e para depositar flores junto ao seu busto. A inauguração da mostra decorrerá pelas 11h30 na Casa-Museu Frederico de Freitas.

O dia 11 de Novembro marca não só o centenário do fim da Primeira Grande Guerra, mas também os 100 anos da recuperação da independência da Polónia, após mais de cem anos das partilhas do país pelos impérios circundantes. Os polacos e os amigos da Polónia em todo o mundo têm celebrado este aniversário desde início do ano 2018. A culminação dos festejos europeus realizar-se-á em Portugal.

As celebrações em Lisboa estão previstas para o dia 18 de Novembro, data em que no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém a Orquestra Metropolitana de Lisboa, acompanhada pelo Coro da Rádio Nacional Polaca e solistas polacos, dirigidos pelo maestro polaco Sebastian Perłowski, apresentarão a Missa em Fá Maior do príncipe-compositor Józef M. Poniatowski, dedicada a D. Luís I, Rei de Portugal. “(…) esta lindíssima Missa do príncipe Poniatowski foi esquecida durante muitas décadas e está a ser divulgada através do projecto cultural chamado “Projekt Poniatowski”, inaugurado em Varsóvia no dia do 99.º aniversário da independência da Polónia durante o concerto dirigido pelo maestro Pedro Amaral, director da Orquestra Metropolitana de Lisboa, refere um comunicado.

O programa do evento inclui também o Concerto para piano n.º 1 de Frédéric Chopin, tocado por este ilustre compositor polaco no seu último concerto realizado em Varsóvia antes da sua emigração da Polónia.

O patrocinador principal do concerto solene de 18 de Novembro é o Grupo Jerónimo Martins, empresa que tem “contribuído para o desenvolvimento das relações luso-polacas, tanto no campo económico, como cultural”.

Entretanto, na noite de 18 de Novembro, o Santuário Nacional de Cristo Rei irá juntar-se às celebrações do centenário da independência da Polónia. A estátua do Cristo Rei, em Almada, estará iluminada de branco e vermelho (cores nacionais polacas), convidando dessa forma todos os lisboetas a juntar-se às comemorações do povo polaco que lutou mais de 100 anos pela sua independência. A sede da Embaixada da Polónia, situada na Avenida das Descobertas 2 em Lisboa, estará também iluminada de cores nacionais nas noites de 11 e 18.

Estes eventos de 11 e 18 de nnovembro culminam as celebrações que têm decorrido em Portugal ao longo deste ano, inaugurados com as exposições “Józef Piłsudski – um Homem de Estado da Polónia e da Europa” (Museu do Combatente, Janeiro-Março de 2018) e “As mulheres de independência” (Assembleia da República, Janeiro-Fevereiro de 2018) – esta última inaugurada durante uma visita oficial dos representantes do Grupo Parlamentar de Amizade Polónia-Portugal.

O programa de celebrações incluiu também o concerto de Leszek Możdżer no Casino Estoril, organizado no aniversário da adopção da Constituição de 3 de Maio, a primeira constituição na Europa e a segunda no mundo. O aclamado pianista polaco, Leszek Możdżer homenageou um outro grande pianista e estadista polaco, Ignacy Jan Paderewski que, em 1940 passou no Estoril as suas últimas semanas no solo europeu antes de partir para emigração.

Maio de melómanos foi seguido de Julho de cinéfilos, com um ciclo “Cem Anos do Cinema Polaco” organizado em cooperação com a Cinemateca Portuguesa.

Em Setembro, a Polónia participou no Festival da Luz Lumina em Cascais em que, como um país convidado, teve a oportunidade de apresentar, para além da arte, a sua culinária e valores turísticos.