João Pedro Vieira, secretário-geral do PS-Madeira e vereador da “Confiança” na Câmara Municipal do Funchal, veio hoje a público, na sua página do Facebook, apresentar o quadro que define os apoios da República ao novo hospital, o mesmo quadro que Victor Freitas trouxe para justificar que, afinal, Lisboa dá mais do que os 13% que o PSD vem anunciando.
O socialista aponta aquilo a que chama de “factos indesmentíveis” e faz sérias acusações a Miguel Albuquerque e Pedro Calado, acusando-os de estarema seguir a “escola de Jardim”. Elenca o calendário mais recente do processo do novo hospital:
1. Em Abril de 2018, o Governo da República inscreveu-o no Plano de Estabilidade e Crescimento para 2018-2022;
2. Em Setembro de 2018, aprovou-o como Projecto de Interesse Comum;
3. Em Outubro de 2018, incluiu 14 milhões de euros no Orçamento de Estado para financiar a obra já em 2019 – facto que o PS Madeira congratulou e, ao contrário do que se escreveu, nenhum outro – e o aval para um empréstimo de 129 milhões;
4. E, na quinta-feira passada, o Governo Regional aprovou a portaria – que, por motivos óbvios, não publicitou – que confirma o que sempre dissemos: apresentem as contas – todas, incluindo as que ainda não apresentaram, mas que o tempo também trará ao de cima – e logo veremos quem fala a verdade.
Depois desta exposição, diz que “o PPD/PSD, que ora não queria politizar a questão do Novo Hospital, ora espalhou cartazes por toda a ilha a falar numa promessa cumprida que chegará com 24 anos de atraso, continua a enganar os madeirenses – e, confesso, infelizmente com relativo sucesso. Foi assim durante os últimos 42 anos: apresenta o que quer e esconde o que não quer; concorda em reuniões privadas e discorda publicamente”.
E é aqui que faz a acusação: “A escola de Alberto João Jardim teve seguidores, muitos, e a entrada de Pedro Calado para o Governo Regional confirma-o: com Pedro Calado regressaram o inimigo externo, as obras e os negócios de milhões, como estes que têm vindo a público sobre as indemnizações extra-judiciais. É uma escola que, aparentemente, continua a ter sucesso nesta forma muita característica do ambiente político, social e cultural regional”.
João Pedro Vieira termina reforçando que “o PPD/PSD bem pode continuar a viver numa realidade alternativa, como aquela que levou a uma dívida regional de 6.500 milhões de euros, 2.000 milhões dela oculta, e a uma dívida municipal superior a 100 milhões – e essa directamente pelas mãos de Miguel Albuquerque… e Pedro Calado. Podem continuar a fazê-lo – mas o tempo também continuará a demonstrar que as contas do PSD são como o azeite: escorregadias… e com a verdade a vir sempre ao de cima”.
