O PTP chamou ontem a atenção para os preços elevados cobrados pela TAP na rota Caracas-Lisbo, pedindo ao Governo da República que interceda junto da companhia aérea, numa iniciativa política realizada no aeroporto da Madeira.

A porta-voz da iniciativa, Raquel Coelho, considerou positiva a permanência do serviço da TAP, quando muitas companhias aéreas deixaram de voar para a Venezuela, mas considerou “inaceitáveis” os preços cobrados.

“Estamos a pagar os voos mais inflacionados da companhia ao ponto dos emigrantes chegarem à Madeira de cruzeiro”, lamentou a deputada trabalhista.

De acordo com o Partido Trabalhista, “existem muitos madeirenses que não conseguem sair da Venezuela porque um voo chega a custar 1000 euros”, acrescentando que é “mais barato” voar para Espanha do que para Portugal a partir da Venezuela.

Raquel Coelho considerou “vergonhoso” que o Governo da República não intervenha junto da TAP para pôr cobro a esta situação.

O PTP é de opinião que a TAP, sendo uma empresa com 50% de capitais públicos, deveria ter uma “descriminação positiva para com a diáspora radicada na Venezuela, sobretudo, quando o país está a atravessar um grave crise política, económica e social”.