Funcionários das Finanças que entraram antes da regionalização com senhas expiradas

A antiga DRAF.

As senhas de acesso dos funcionários que entraram nos serviços de Finanças da Madeira antes da regionalização, em Dezembro de 2004, expiraram.

Na prática, significa que tais funcionários não podem aceder a determinadas funcionalidades e, por essa via, servir os pedidos dos contribuintes que a si se dirigem.

Segundo conseguimos apurar, o alerta já tinha sido comunicado superiormente pelo Autoridade Tributária e Aduaneira à tutela regional mas a resposta (informática) tarda em chegar.

Sabe-se que há utentes das Finanças que já apresentaram reclamações depois de estarem à espera para serem atendidos e serem confrontados com funcionários que não podem ter acesso ao sistema.

Desconhece-se qual o número de funcionários limitados na sua ação mas rondará os 50 a 60% (funcionários mais antigos).

Refira-se que a senha de acesso dos funcionários é intransmissível e garante o acesso à informação dos contribuintes a diferentes níveis de responsabilidade/hierarquia.

Em bom rigor, basta uma pesquisa por nome ou pelo número de contribuinte para que qualquer funcionário do Fisco possa ter acesso a toda a informação fiscal de qualquer pessoa.

Essa consulta é feita através do sistema de intranet do Fisco e há até funcionários, sobretudo chefias, que, na área da “visão Integrada do Contribuinte”, podem fazê-lo a partir de casa, bastando para isso registar o respetivo login e palavra-passe, que deve seré renovada a cada três meses.

O acesso via login é uma ferramenta de trabalho essencial para estes profissionais, que chegam a fazer centenas de consultas por dia, para cruzar dados e resolver inúmeros problemas.
Naturalmente que, informaticamente, pela “pegada” histórica deixada no sistema, consegue-se saber quem consultou o quê.

É aliás graças a esse histórico que, em casos de suspeita de quebra de sigilo fiscal e no âmbito de processos de averiguação em curso, as inspeções e as chefias conseguem perceber quem acedeu ao quê.