“Apoio de Lisboa ao novo hospital “tem vindo a encolher” ao contrário da sem-vergonhice que tem vindo a aumentar”, acusa Pedro Calado

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Pedro Calado falou nas “conquistas” dos enfermeiros em termos de reconhecimento de direitos na Região e abordou o novo hospital com críticas a Lisboa.

O vice presidente do Governo Regional foi hoje à abertura do 8.º Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Enfermeiros Gestores e Liderança, dizer que a obra do novo hospital da Madeira, a arrancar em breve, “será, sem dúvida alguma, um dos pontos de viragem da saúde na Região, para o qual estamos a contar, também, com o apoio de todos os enfermeiros, médicos e todos os profissionais deste sector, para que possamos dar esse importante passo para a saúde e bem-estar de toda a população madeirense”.

Neste particular, Pedro Calado voltou a criticar o posicionamento do Governo da República, sublinhando que, no tocante ao hospital, “o contributo do Governo da República tem vindo a encolher de dia para dia, ao contrário da “sem-vergonhice” que tem vindo a aumentar, ao ponto de se congratularem com o corte das verbas de Lisboa para os madeirenses poderem construir e equipar o novo hospital.

Infelizmente, diz,  “são os novos tempos, com alguns a adotarem a política do “reboque” e do “pendura”, apenas para aparecer nas fotos com membros do Governo da República e a dizerem que estão a resolver os nossos problemas, quando afinal é tudo um logro”.

Calado considera que “ao contrário da estratégia do “bluff”, este Governo Regional não cruzou os braços e tem dado provas de que continua a fazer a sua parte com seriedade e determinação, sem se desviar dos seus propósitos e compromissos assumidos com a população. Nem mesmo quando os 50% para o novo hospital passam para os 13%. Nesse sentido, o Governo Regional aprovou, ainda esta semana, mais duas expropriações, no âmbito da aquisição de terrenos para a construção do novo hospital.

Neste momento, “a Região já investiu, apenas na aquisição de terrenos para o novo hospital, um total que ascende a 16 milhões de euros, estando outros 6,9 milhões em negociação”.

Falando aos enfermeiros, o vice presidente do Governo Regional destacou as 35 horas, os três dias a mais de férias e a contratação, até final da Legislatura, de 400 enfermeiros. No primeiro ano desta legislatura (em 2015), foram contratados 17 enfermeiros; 157 em 2016 e, este ano (2018), já entraram 70, fazendo com que tenhamos alcançado mais de 60% da meta que traçámos.

Depois, disse que “a partir de 1 de janeiro de 2018, no âmbito do acordo de empresa e acordo coletivo de trabalho do SESARAM e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, foi permitida a organização temporal de trabalho, tendo também sido concedidos mais três dias de férias para todos os enfermeiros. Também este ano, em junho, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira assinaram um acordo de empresa com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018 aplicável aos enfermeiros em regime de contrato individual de trabalho para as matérias de procedimento concursal e avaliação do desempenho e contagem de pontos para efeitos de descongelamento de carreiras.

Outro dos passos importantes, referiu Pedro Calado, traduz também “o reconhecimento do Governo Regional na aposta da formação, foi a harmonização na atribuição em comissão gratuita de serviço, de 30 dias por cada ano civil para os enfermeiros do SESARAM aquando realização da pós-licenciatura/mestrado, colocando em posição de igualdade os Enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Públicas e o de Contrato Individual de Trabalho”.