Nós, Cidadãos! critica protocolo entre GR e táxis para transportar doentes

O partido “Nós, Cidadãos! emitiu um comunicado no qual refere que foi a 1 de Março que entrou em vigor a legislação que permite aos utentes não urgentes do SESARAM, com insuficiência económica comprovada, passarem a dispor gratuitamente (pago pelo erário público regional) do serviço de táxi associado à Associação Industrial de Táxis da Madeira (AITRAM), no transporte para – e depois – das consultas, exames ou outros cuidados de saúde.

Contudo, não é público, pelo menos o NÓS, Cidadãos! não conseguiu (ainda) ter acesso ao documento completo, o protocolo entre o SESARAM, EPE e a Associação Industrial de Táxis da Madeira (AITRAM), mas já é/foi sobejamente difundido na comunicação social
regional que o Governo Regional não cumpriu com o prometido aos industriais de táxi (não pagou nem a 20 dias nem a 90 dias) e que só até ao final deste ano compromete-se (e só agora) a pagar meio milhão de euros em dívida – a cerca de 300 associados – pela
prestação dos serviços referentes ao primeiro semestre de 2018.

Face ao revelado, o partidoi considera que é manifesto que o Governo Regional, relativamente à alteração ocorrida no serviço de transporte de doentes do SESARAM (inserido anteriormente no Serviço de Instalações e Equipamentos), não acautelou a transparência
necessária e o conhecimento por parte dos cidadãos de todos os procedimentos adoptados e reais custos do novo modelo para os contribuintes da Região.

“O serviço de transporte de utentes não urgentes do SESARAM é agora um negócio com muitos números, que serviu para imobilizar/paralisar (e muito) as viaturas – e os recursos humanos – do serviço de transporte de doentes do SESARAM (inserido no
Serviço de Instalações e Equipamentos), que agora passam horas à porta dos Centros de Saúde e do Hospital Central do Funchal – Dr. Nélio Mendonça, sem doentes para transportar”, refere o “Nós, Cidadãos!”.

Esta força política considera que o Governo Regional não é capaz de gerir bem os recursos financeiros e humanos do que é público, e não cumpriu com a  promessa anunciada aquando da divulgação do actual modelo de transporte, ou seja, a poupança de «100 mil euros nos ‘cofres’ da Região já este ano», conforme garantiu o próprio presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, no dia 11 de Janeiro de 2018.

Na altura, o Governo Regional asseverava que o objectivo era “reduzir custos e rentabilizar recursos”, mas a realidade – “sentida por muitos utentes do Serviço Regional de Saúde, pelos próprios industriais de táxi abraços com o calote… e confessada pelo próprio Pedro Santos Gouveia, do SESARAM que “teve de encontrar quase um milhão de euros para colocar o passivo a zeros” – parece ser bem diferente!”

O partido ironiza, pois, e cita o comediante norte-americano Groucho Marx, considerando que o Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque é perito na “arte de procurar problemas, encontrá-los, fazer um diagnóstico falso e, em seguida, aplicar as soluções erradas”.