PSD vê com “apreensão” a criação de uma Polícia Municipal no Funchal

O PSD referiu ver com apreensão a criação de uma Polícia Municipal pela edilidade funchalense. No final da reunião de Câmara da CMF, o vereador social-democrata Jorge Vale Fernandes, questionou qual o real benefício desta medida para a urbe, interrogando-se se esta não será mais uma forma deste executivo sobrecarregar os munícipes com mais multas e coimas.

Sobre o custo/benefício desta estratégia, “o senhor presidente da Câmara começou por secundarizar o papel da Polícia de Segurança Pública (PSP), relegando esta instituição para as funções de segurança apenas, sabendo que as funções de fiscalização, de controlo e de acompanhamento seriam realizadas pela Polícia Municipal”, constatou Vale Fernandes

Outras questões prendem-se com os custos da Polícia Municipal e com os funcionários da CMF que actualmente exercem funções de fiscalização e acompanhamento. “Só as instalações de uma Polícia Municipal custarão pelo menos 1 milhão de euros. A estes custos acrescerão, no futuro, outros de manutenção, de operação e de pagamento de salários”, referiu, sublinhando que, em seu entender, há outras necessidades mais urgentes que os munícipes querem ver resolvidas.

Já no que concerne às equipas que já existem e desempenham funções de fiscalização Jorge Vale Fernandes questionou: “O que é que acontecerá com esses funcionários. Será que vão ser transferidos para outras funções? Será que vão ser dispensados?”

Há muitas questões sem resposta, salientou. Por isso, a posição do PSD é de muita cautela no sentido de avaliar os estudos que “supostamente” estão a ser produzidos pela autarquia. Isto até porque os estudos já foram solicitados pela vereação social-democrata, mas até o momento não foram disponibilizados pelo executivo municipal, diz o PSD.