Cafôfo quer “ferry” todo o ano e diz que “não podemos investir 3 milhões em 3 meses só para um teste”

Cafofo Debate com Paulo Cafôfo
Cafôfo diz que o modelo de mobilidade será Lisboa a definir, uma vez que o Governo Regional não quer essa autonomia.

Paulo Cafôfo, o candidato do Partido Socialista-Madeira à presidência do Governo Regional, defendeu a ligação marítima por “ferry” na linha Funchal-Lisboa durante todo o ano. Foi hoje, durante o debate  “Ganhar 2019 – A Madeira à Tua Maneira”, inserido no XVI Congresso Regional da JS-M, momento no qual respondeu às muitas questões que lhe foram colocadas pelos jovens presentes.

Relativamente à mobilidade marítima, o candidato considerou que a saída e entrada da Região também pode e deve ser feita por mar. Cafôfo é da opinião que não podemos estar a investir três milhões de euros para três meses «só para ter um “ferry” como um teste, como disse o senhor vice-presidente do Governo, e para estar o resto do ano num cartaz». «Nós temos de criar condições para que este “ferry” tenha outra sustentabilidade. E termos sustentabilidade é ir, por exemplo, nesta linha Funchal-Lisboa», afirmou, acrescentando que Portimão tem um handicap, que é o facto de ser no sul do país. «Em termos de passageiros, em termos de volume e em termos de uma nova atratividade, Lisboa será com certeza um melhor destino e uma melhor partida também», vincou, referindo que o porto de Lisboa tem de se adaptar com uma rampa “roll on /roll off”.

No que se refere à mobilidade aérea, o candidato socialista às eleições regionais de 2019 constatou que, infelizmente, o Governo Regional não quer definir o modelo, não quer essa autonomia. «A minha opinião é de que será o Governo da República a definir esse modelo, porque não podemos estar neste impasse, num modelo que foi criado que tem servido só para financiar as companhias aéreas e não os residentes», adiantou Paulo Cafôfo, lembrando que «estamos já com cerca de 40 milhões de euros que são investidos na mobilidade, mas que se mantém os preços muitos elevados». Como tal, referiu que temos de ter uma política de baixar os preços, de introduzir também uma nova companhia, mas com um modelo de mobilidade que seja idêntico ao das Canárias. «Uma comparticipação percentual nas viagens até 75% como nas Canárias parece-me que é o modelo mais correto», disse.

Por outro lado, o candidato foi ao congresso da “jota” dizer que conta com os jovens socialistas e com os jovens da Região para um futuro «à maneira da cidadania, daquilo que é uma decisão das pessoas, dos seus interesses, das suas necessidades, porque hoje em dia a política tem de ser feita pelas pessoas e para as pessoas».