Madeira com menos dormidas, menos hóspedes, mas mais rendimento por quarto e mais proveitos totais

Turismo B Pascoa
Há menos dormidas e menos hóspedes mas o Governo diz que o Turismo “resiste e até cresce”.

O Turismo, na Madeira, está com uma tendência de descida. E é no manuseamento dos números que procura algum equilíbrio na definição daquele que é, também, o registo verificado no resto do País, que normalmente vem à colação sempre que se avaliam comportamentos de um setor vital para a economia da Madeira.

A presidência do Governo Regional divulgou, hoje, alguns números verificados na atividade turística, na Região, tendo sempre como base aquele que é considerado o melhor ano de sempre, 2017. Refere, por exemplo, entre o menos e o mais, que “embora com redução de dormidas e do número de hóspedes – 933.624 hóspedes (menos 0,8%) , 4.772.984 dormidas (-1%) e uma taxa de ocupação de 62,9% (-4%), a verdade é que os dados acumulados a julho, referentes ao turismo madeirense, tendo como fonte o Turismo de Portugal, permitem-nos constatar que mais uma vez o setor do Turismo resiste e até cresce face ao melhor ano de sempre – 2017. Isto porque o rendimento por quarto foi de 48,20 euros (+1,9%) e os proveitos totais ascenderam a 247,707 milhões de euros (+4,2% do que no ano anterior)”.

O gabinete de comunicação de Miguel Albuquerque faz o que chama de avaliação aos “dados acumulados”, daí tirando a conclusão que “nos primeiros 7 meses do ano, continuamos a crescer nos proveitos e na rentabilidade por quarto e que, no caso das quebras verificadas, face ao período homólogo, nos principais indicadores de produção, estas não chegam ao 1% na leitura respeitante ao total do alojamento turístico na Região (Hotelaria + Alojamento Local com mais de 10 quartos + A Madeira é a Região do país com a segunda maior taxa de ocupação, apenas ultrapassada por Lisboa em 4 pontos percentuais (Lisboa com 74,5%, Madeira com 74,1%)”.

Mantendo o patamar comparativo com o País, volta a referir que a Madeira é, no todo nacional, “a Região que apresenta o segundo melhor Rendimento por quarto, apenas ultrapassada por Lisboa (Lisboa com 76,4 euros, Madeira com 51,8 euros). A média nacional, sublinhe-se, +e de 49,4 euros por quarto”. Faz considerações: “ou seja, sendo certo que a Madeira acompanha a tendência nacional de diminuição da produção turística (a média nacional aponta para quebras médias na ordem dos 2,1% nos hospedes e de 2,8% nas ­dormidas), ainda assim foi a região do país com a maior estada média e a segunda com a maior taxa de ocupação. Verifica-se ainda a consolidação da recuperação do mercado alemão, que continua a crescer também neste mês de julho”.

A mesma nota salvaguarda, ainda, “a quebra das dormidas do mercado nacional em 22,7% na hotelaria regional”, associando-a “a diversos fatores que passam não só pelos elevados preços praticados na linha como pela progressiva instabilidade da oferta de lugares de avião, particularmente por parte da TAP – naturalmente que contribui para a performance global, que ainda mais fica penalizada com o ressurgimento em força de alguns mercados concorrentes que se apresentam com preços mais competitivos para os portugueses”.