Técnico encontrou mecenas para ajudar aluno nota 19 colocado na Universidade da Madeira mas já chegou tarde

Emanuel Baptista
Emanuel Baptista, o aluno colocado na UMa com 18,9 valores. Foto Facebook

Foi notícia o aluno colocado na Universidade da Madeira, em Engenharia Civil, com a média mais alta do País, 18,9. Um lusodescendente, de 20 anos, que quer tirar o curso de Engenharia Civil. Está há três anos na Madeira e vive na Camacha.

Emanuel Baptista já tinha entrado no Instituto Superior Técnico, mas saíu por falta de condições financeiras. A opção foi por ficar na Região. Hoje, o DN Lisboa divulga que o Técnico já tinha encontrado uma solução para manter o aluno a estudar, mas acabou por chegar tarde em função da decisão de ,  à Madeira já estar tomada.

De facto, segundo o jornal, o coordenador do curso estranhou o facto do aluno não ter cumprido a inscrição no segundo semestre, estranheza agravada pelo facto de se tratar de um jovem com excelentes notas, tanto nos valores de acesso, como os verificados no primeiro semestre. Foi então acionado o mecanismo que o Técnico dispõe para estes casos, recorrendo e um mecenas, neste caso atribuindo a bolsa Ramalho Rosa, que pagava a alimentação e as propinas durante todo o curso. O Técnico garantia o alojamento numa das suas residências universitárias.

Um dos entraves relatados pelo DN Lisboa prende-se com o facto do aluno ter estado muito tempo à espera dos apoios do Estado, uma vez que sendo lusodescendente, seriam necessários documentos requeridos na Venezuela, facto que se tornou impraticável em tempo útil para resolver o problema. Resultado, sem documentos, não há bolsa. Se bolsa, o regresso à Madeira é inevitável.

Esta realidade de Emanuel Baptista vem ao encontro de uma situação real, que ocorre neste quadro de regresso de emigrantes da Venezuela, que chegam à Região e enfrentam um conjunto de burocracias tendentes a regularizar a sua situação do ponto de vista da legalização da sua presença, bem como da Educação, nomeadamente ao nível das bolsas, da certificação profissional, com o processo de equivalências, entre outros que colocam algumas dificuldades ao nível da integração.

De referir que a nota de Emanuel Baptista não foi a mais alta do País, mas fez com que Engenharia Civil fosse dos cursos que exigem média mais alta de ingresso, facto que só foi possível porque este aluno foi o único a concorrer para as vinte vagas na UMa.