“Eu não vou baixar os limites dos ventos enquanto for CEO da TAP. A TAP não negoceia com segurança”, esta declaração do presidente da transportadora aérea nacional, em entrevista ao Expresso, bem como uma outra que apontou para “preços módicos” nas viagens aéreas para a Madeira, motivaram uma reação enérgica por parte do presidente do Governo Regional, hoje, no âmbito da Festa das Vindimas, no Estreito de Câmara de Lobos.

Miguel Albuquerque refere que “há um senhor brasileiro, que é o presidente da TAP, que tem um dicionário de Português diferente do nosso. Disse que os preços que a TAP tem praticado para a Madeirada têm sido módicos, o que no dicionário significa baratos, reduzidos, insignicantes e razoáveis. O dicionário dele é diferente do nosso, uma vez que aquilo que a TAP tem feito na Madeira, além de ter cancelado 70 voos desde janeiro, é praticar preços exuberantes, altíssimos, escandalosos e inqualificáveis, prejudicando os madeirenses e todo o Turismo da Madeira”.
O presidente do Governo falou, ainda, da questão relacionada com os ventos e a reação de Antonoaldo Neves: “Esse senhor teve o desplante de dizer que era contra a alteração dos limites de ventos no Aeroporto da Madeira. Como se ele mandasse alguma coisa no Aeroporto da Madeira. O Governo Regional pediu ao Instituto Regulador (ANAC) para haver uma revisão dos limites de ventos, dentro dos padrões de segurança, como sempre o exigimos. Desde o aumento da pista do aeroporto, os limites são os mesmos e temos o direito de pedir, à entidade competente, a ANAC, um estudo. E se esse instituto decidir que esses limites devem ser alterados, o que a TAP deve fazer é o que o instituto disser e não o que o presidente da TAP quer. O presidente da TAP está ao serviço dos portugues”.