O reconhecido grupo “Dançando com a Diferença” apresenta, a 5 de Setembro, no Festival de La Batiê, em Genebra, Suíça, a estreia absuluta de “Happy Island”, em co-produção com a La Ribot Cie. A estreia absoluta decorrerá no GRÜTLI – Centre de Production et de Diffusion des Arts Vivants, e marca o início de uma digressão que conta com cinco espectáculos, do dia 05 ao dia 09 de Setembro, no dito GRÜTLI, integrando um amplo painel de companhias e artistas de renome que marcarão presença no supracitado Festival.

Depois de seis meses de residência artística na Madeira e de longos períodos de trabalho com o elenco dos Dançando com a Diferença, “Happy Island” surge como fruto desta co-produção internacional com a companhia de La Ribot, responsável pela criação desta obra, refere a companhia de dança madeirense.

Este é um espectáculo que marca uma primeira experiência desta coreógrafa com uma companhia de Dança Inclusiva. “Happy Island” extrapola os limites da criação artística, explorando em cena as mais diversas áreas, indo desde da dança à performance, integrando uma forte componente cinematográfica em consonância com os fortes elementos de artes plásticas trabalhados ao longo da exploração do movimento em cena.

“La Ribot, em “Happy Island”, concebeu um universo delirante de fantasia que se desenvolve em torno da singularidade e misticismo da Ilha da Madeira e seus habitantes. Um espaço que segundo La Ribot (…) tem as suas próprias regras onde a diferença de cada um é o elemento que os reúne e define o modo de viver em comunidade. O ritmo da vida é determinado pela liberdade de ser a si mesmo e as relações sociais são tecidas sem uma ordem estabelecida”.

“Happy Island” cria, portanto, “uma narrativa profundamente humana e conceptual onde as noções de kitsch se interligam com a criação de um espaço mitológico, sexual e cabarético”.

Para o grupo Dançando com a Diferença, esta obra respresenta um grande progresso estético-artistico no trabalho da companhia e de igual forma um grande passo no reconhecimento do valor artistico de companhias com elencos que integram profissionais com deficiência.

De acordo com o director artístico Henrique Amoedo, “todo o processo de criação foi muito gratificante e estimulante, tanto para os nossos intérpretes quanto para a La Ribot que foi ao encontro da personalidade de cada um dos intérpretes da obra e ao encontro da força que a ilha exerce em cada um de nós como elementos para esta criação. É uma criação das duas companhias, aspecto que pode fazer com que consigamos chegar a outros públicos, ampliando ainda mais o campo de intervenção dos Dançando com a Diferença. Dois outros aspectos de grande importância a salientar são a forte presença das imagens da Madeira em cena, num filme da cineasta Raquel Freira, que acompanha toda a obra e a presença do Telmo Ferreira como assistente da coreógrafa em todo o processo de criação, uma nova faceta na sua vida profissional”.

“Happy Island”, teve um momento de antestreia na Região Autónoma da Madeira, no MUDAS. Museu da Arte Contemporânea da Madeira, residência artística dos Dançando com a Diferença, onde se revelaram ao público madeirense os primeiros resultados do que “agora se adivinha como um grande espectáculo”.

Após a sua estreia em Genebra, esta obra promissora continuará o seu período de circulação internacional, tendo previstos mais três espectáculos de 10 a 14 de Setembro em Madrid na Casa Escendida integrando o IDEM 2018 – Festival Internacional de Artes Escénicas.

HAPPY ISLAND é uma produção do Dançando com a Diferença-Madeira e da La Ribot-Genebra, em coprodução com Le Grütli-Centre de Production & de Diffusion des Arts Vivants – Festival La Bâtie – Genève e o CN D, Centre national de la danse – Paris e « Comemorações dos 600 anos do descobrimento da Madeira e do Porto Santo » – Portugal