Dezenas de interessados participaram na “Noite dos Morcegos”

No âmbito das comemorações da Noite Internacional dos Morcegos (“International Bat Night”), o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), em colaboração com a empresa Madeira Fauna & Flora, reuniu cerca de meia centena de interessados no Caniço.

Pretendeu-se dar a conhecer a todos os interessados um pouco mais sobre a importância destes misteriosos mamíferos, os quais também habitam a nossa Região.

A iniciativa, que teve lugar no Cristo Rei-Garajau, procurou responder a algumas das dúvidas suscitadas sobre os morcegos. O que são? O que comem? Onde vivem? Como vêem no escuro? O que fazer quando os encontramos? Foram estas algumas das questões esclarecidas no local, onde os participantes tiveram ainda a oportunidade de ouvir a ecolocalização emitida pelos morcegos, através da utilização de detectores de ultra-sons.

A Noite Internacional dos Morcegos é realizada no âmbito do EUROBATS, que é um Acordo sobre a Conservação dos Morcegos na Europa, do qual Portugal faz parte, esclarece o IFCN.

Como o próprio indica, este evento é comemorado a nível internacional em vários países, visando sensibilizar a população para a conservação destes mamíferos. Na Madeira podemos encontrar várias espécies de morcegos residentes, entre as quais, Nyctalus leisleri verrucosus (Morcego arborícola da Madeira), Pipistrellus kuhli (Morcego de Kuhl), Pipistrellus maderensis (Morcego da Madeira) e Plecotus austriacus (Morcego-orelhudo cinzento).

“Os morcegos foram, até recentemente, ignorados pelas instituições envolvidas na conservação das espécies animais devido ao pouco conhecimento até então disponível, como, também, à sua má reputação pública. No entanto, muitos deles estão entre os mais ameaçados, e têm começado a ocupar lugares de destaque nas prioridades de intervenção das instituições de conservação”, refere nota de imprensa.

São várias as ameaças que têm contribuído para o declínio das populações de algumas espécies de morcegos, entre elas, a perseguição directa, o uso de pesticidas, o desaparecimento de locais de alimentação, e a perturbação e destruição dos abrigos.

Com esta iniciativa, o IFCN contribuiu para o aumento do conhecimento da população sobre estes animais, aproveitando também para desmistificar alguns preconceitos que ainda existem em relação aos mesmos.