“Vida selvagem” nas ribeiras do Funchal

Como um curioso apontamento da cidade, o FN apresenta algumas imagens da “vida selvagem” nas ribeiras do Funchal. Estas fotos, captadas na Ribeira de Santa Luzia, dão conta da quantidade significativa de patos e respectivos filhotes que se podem encontrar naquele curso de água. E a verdade é que são bem engraçados os patinhos que passam o dia na retoiça entre a água e as pequenas “ilhas” de areia e alguma vegetação que se podem encontrar ao longo da mesma.

Mais curioso ainda é o facto de nos termos apercebido de que há vários cidadãos que acompanham com interesse e carinho a evolução destas pequenas aves. O FN deparou-se com uma cidadã que, na companhia da irmã, costuma alimentar os patos e patinhos, sabe quantas patas existem na ribeira, quando surgiram novas ninhadas e por quantos juvenis são constituídas, etc.

Conhece todos os pormenores, inclusive que dois patinhos que se podem ver logo abaixo da ponte do Bom Jesus caíram por uma das pequenas cachoeiras, ou declives, que ali se verificam, e não conseguem regressar para junto da mãe. Por isso, pressurosamente, quase todas as noites os alimenta. E até agora parecem responder bem à dieta, pois respondem ao chamamento e parecem saudáveis.

Conforme a nossa objectiva captou, os pequenos patos têm de é de deparar-se com vários perigos, entre os quais as numerosas ratazanas que se encontram também dentro das ribeiras e que não hesitam em atacar os patinhos mais débeis. Um animal com o mesmo direito à vida, mas que se nos afigura bem menos simpático…

Este interesse das pessoas pelos patos e patinhos, embora possa à primeira vista parecer algo bizarro, é real no Funchal. Há quem goste de os observar diariamente e quem se lhes refira quase como animais de estimação.

E recorde-se, a propósito, o grande burburinho e reacção popular que aconteceu há tempos, quando, na zona do Mercado dos Lavradores, um homem tinha descido à ribeira de João Gomes, apanhado os patos e, tendo-os metido em caixas, se preparava para os “raptar”… a multidão não gostou e virou-se contra ele, tendo sido necessária a intervenção da Polícia de Segurança Pública, para repor a ordem.