CDU denunciou hoje precariedade laboral na empresa que gere a ETAR do Funchal

A CDU realizou durante a manhã de hoje uma iniciativa junto à Estação de Tratamento de Águas e Resíduos do Funchal, na zona do Almirante Reis, onde denunciou a “precariedade laboral” vivida pelos trabalhadores da empresa gestora da estação.

A precariedade laboral, diz a CDU, é um flagelo que afecta milhares de trabalhadores na nossa Região. A precariedade laboral é precariedade da família e factor de pobreza, exclusão e instabilidade social.

Segundo dados estatísticos do inicio deste ano mais de 20% dos madeirenses que têm um trabalho são precários. Em média um trabalhador com vínculo laboral precário recebe menos 30% a 40% de salário que um trabalhador efectivo, assim como um trabalhador com contrato a prazo está mais vulnerável a ser confrontado com o desemprego, refere a coligação entre PCP e Verdes.

A deputada municipal da CDU, Herlanda Amado, considerou que esta precariedade “é vivenciada pelos trabalhadores da empresa a quem a Câmara Municipal do Funchal adjudicou o contrato no início deste mês, para os serviços exploração, manutenção e conservação de infraestruturas do sistema de tratamento de água”.

Os trabalhadores, disse, têm sido confrontados com a possibilidade de não verem os seus contratos renovados e aqui o papel da Câmara Municipal poderia e deveria ter sido outro, ao garantir que no contrato assinado existisse uma cláusula de salvaguarda dos postos de trabalho existentes. Este é um serviço do qual a autarquia irá sempre necessitar, logo, deveria ser garantido que quem já exerce essa função se mantenha no exercício das mesmas, independentemente da empresa que ganhe o concurso, coisa que não está expressa no contrato, “fazendo da autarquia cúmplice da precariedade vivida por estes funcionários. É de lamentar e repudiar esta postura da Câmara do Funchal”, apontou.