Jogar é viciante, já o diz no século XIX, Fiodor Dostoievski. Mais do que os jogadores, os empresários que exploram o jogo sabem-no de cor. Por isso, há que jogar a “a isca” sempre em linha com as novas tecnologias. Vai daí que o jogo sai do Casino do Algarve e coloca-se em plena marginal de Portimão para cativar a clientela. Primeiro, o joguinho despretensioso na via pública, como quem não quer nada, no dolce fare niente de verão. Mas, se ganhar, o vício, alimentado pelas mil tentações,  o jogador amador vai querer ir mais longe e a entrada no Casino do Algarve poderá estar assegurada. Quem sabe se a fortuna não espreita?

Embalados pelo fatum ou pela sorte, quando a noite começa a cair, e ao som dos DJ da moda, faz-se fila para ver o que a roleta on line tem para oferecer, num quiosque improvisado em frente do Casino do Algarve, na Praia da Rocha. Tudo gratuito.

Nome registado, maioridade confirmada, e toca, via tablet, a escolher os números mágicos. E ela roda, roda, roda… se a sorte não sorriu, leva uma esferográfica como recordação do investimento Solverde. Se acerta alguma coisa, os brindes sucedem-se ao gosto do cliente: uma mochila, um guarda-sol, um chapéu, entre outros brindes práticos para a praia. Tudo gratuito porque o objetivo major é levar a um jogo mais profundo e arriscado: o Casino.