Antiga casa da lancha degrada-se no Porto Santo; aparenta conter placas de fibrocimento com possível presença de amianto

Uma leitora do Funchal Notícias denunciou-nos uma situação que considera merecedora de atenção por parte das entidades competentes, relacionada com a degradação de uma antiga “casa da lancha” na praia do Porto Santo. No email que nos foi remetido, com o curioso e apropriado título de “demérito dunar”, a referida leitora, que se considera uma cidadã atenta, considera a situação “anómala na duna da praia do Porto Santo”, configurando uma “situação gravosa” e quiçá até um “atentado ambiental ou no mínimo paisagístico”.
A antiga casa da lancha, assevera a leitora, encontra-se quase soterrada na duna e localiza-se entre a zona do Hotel Luamar e o Hotel Pestana. Entre os detritos que identifica no local, além da madeira e do plástico, a cidadã aponta umas placas de aparente fibrocimento, que poderão conter amianto, produto eminentemente cancerígeno. Se forem efectivamente desse material, aponta, o caso é ainda mais sério e complexo.
O assunto foi registado pela cidadã em questão a 23 de Julho. Seguidamente enviou três emails, para a Capitania do porto do Porto Santo, Direcção Regional de Ordenamento do Território e Ambiente (DROTA) e Secretaria Regional do Ambiente a solicitar intervenção das autoridades na limpeza daquela zona.
Porém, até à presente data, nenhuma das entidades se dignou responder.
“Hoje decidi regressar ao mesmo local para averiguar se a situação se mantinha. E claro que o lixo estava todo ali, como estivera anteriormente quando o vi pela primeira vez. Não posso ficar impávida e serena perante um problema destes que pode ser tão facilmente resolvido, bastando para isso haver vontade das entidades com responsabilidade na matéria”, refere a cidadã, que considera a situação “uma vergonha”, para os portosantenses em geral, entidades locais e regionais.
“Uma praia que é considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal na categoria de Praias e Dunas não pode estar assim negligenciada”, refere a leitora, devidamente identificada.
O FN reputa o assunto em questão de suficiente interesse público para proceder à sua divulgação.