O novo líder do CDS-Madeira, Rui Barreto disse que ainda não conversou com Assunção Cristas sobre as Europeias. Mas, gorada que está a hipótese de um madeirense figurar nos 4 primeiros das listas, Barreto assegura que “o CDS Madeira não aceitará um lugar de figurante nas listas”.

F.N: No congresso de Dezembro de 2015 avançou para a liderança mas resguardou-se para dar lugar ao “líder de transição” Lopes da Fonseca. Não teme que o eleitorado olhe para si como alguém que, temendo a luta democrática, avança só depois de, confortavelmente, “contar espingardas”?

R.B.: Na Assembleia da República, eu votei contra dois orçamentos de estado, apresentados por um Governo no qual o meu partido estava incluído. Fi-lo sozinho. Fui suspenso. Acha que me falta coragem? Fui candidato à Câmara do Funchal, numas eleições que sabia fortemente bipolarizadas, pura e simplesmente porque o CDS corria o sério risco de ficar fora da vereação. Acha que me faltou coragem? A coragem prova-se diariamente. Não basta dizer que se é corajoso. É preciso demonstra-lo e eu já o demonstrei por diversas vezes na minha carreira política. Aquilo que se passou em 2015 foi simples. Na altura fiz uma leitura da situação e entendi que retirar a minha candidatura poderia contribuir para unir o partido. Talvez hoje pense de forma diferente, mas na vida há que tomar decisões e nem sempre aquelas que tomamos são as mais acertadas. Mas até para tomar decisões – e para assumir erros – é preciso coragem.

F.N.: O CDS-M já teve um seu representante no Parlamento Europeu. Em 2019 haverá “Europeias”. O que é que está combinado com Assunção Cristas para que um madeirense esteja em lugar elegível nas Europeias de 2019?

R.B.: O partido já apresentou os quatro primeiros candidatos. Fê-lo antes do nosso congresso, ou seja, antes desta direção ser eleita. Não tive oportunidade de falar com a líder do CDS sobre o assunto, mas o CDS Madeira não aceitará um lugar de figurante nas listas. Isso é garantido.