TAP “acena” com números para esbater cancelamentos, aponta mais passageiros da Europa e dos EUA

TAP AAA
A TAP continua a publicar números sobre a operação de e para a Madeira. Desta vez no Facebook, com uma pergunta: “Sabia que a TAP levou mais 41% de turistas europeus à Madeira do que no ano passado?”. E com esta imagem.

Depois do comunicado ontem emitido, sobre o qual o FN fez referência e que apontava para um aumento de quota de mercado da companhia no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo, a transportadora colocou, na sua página da rede social Facebook, mais números retirados do relatório da ANAC, situação que mereceu já alguns comentários de desagrado em função deste posicionamento ocorrer em pleno prejuízo resultante de recorrentes cancelamentos de voos de e para a Madeira.

A informação veiculada pela TAP começa com uma pergunta: “Sabia que a TAP levou mais 41% de turistas europeus à Madeira do que no ano passado?”, seguindo-se uma abordagem ao número (290 mil) de passageiros transportados para a Região entre janeiro e maio de 2018. “Face a 2017, é um aumento de 41% de passageiros oriundos da Europa e 15% dos EUA”.

Sublinha a companhia que “a TAP é líder no mercado de passageiros transportados de e para a Madeira, tendo alcançado uma quota de mercado de 29% (+14% relativamente a 2017”.

Completa a transportadora, de forma muito direcionada para uma “resposta” que visa “mostrar serviço”, que “é um orgulho levar o Mundo aos Madeirenses e os Madeirenses ao Mundo há mais de 59 anos”.

A este “post” seguem-se muitos comentários que apontam para os aspetos menos relevantes que logicamente não são objeto de abordagem em relatórios. Muitos desses comentários lembram os cancelamentos de voos da companhia, fazendo referência ainda ao custo das viagens, às queixas cuja resposta retarda e ao comportamento da companhia ao fazer publicar estes números numa conjuntura desfavorável.

“A serio, TAP? A sério que nesta altura do campeonato com tantos passageiros madeirenses (e não só) e terra de e para a Madeira, vêm publicar uma coisa destas?”, questiona um dos comentários. Outro ainda refere que “este post devia ser “um case study para todos os estudantes de marketing para ilustrar o que não se deve fazer numa situação em que um destino está claramente a ser prejudicado pela empresa para a qual trabalhamos”.