“Nós, Cidadãos!” acusa Jorge Carvalho de criar futuro “sombrio” para a Educação na RAM

O partido “Nós, Cidadãos!” veio hoje acusar a Secretaria Regional da Educação de, no último dia da primeira fase do período reservado à realização dos Exames Nacionais, em consonância com a orientação do actual titular da pasta governativa, ter decido extinguir duas escolas e várias outras fusões na Madeira e no Porto Santo. Uma atitude que, para esta força política, configura uma forma de ‘coacção’ para com os alunos, as famílias e os professores quanto ao seu futuro.

Segundo a SRE, citada pelo partido, isto poderá trazer consequências como o encerramento efectivo de edifícios, mudança de nomenclaturas, redistribuição de alunos ou alterações na gestão. Ora, apontam os dirigentes do “Nós Cidadãos!”, numa entrevista a um meio de comunicação regional este fim-de-semana, o director regional de Planeamento, Recursos e Infraestruturas, Gonçalo Nuno Araújo, “não compreendendo as críticas e visões diferentes da sua (e do seu secretário regional) – a que chama de “histeria, precipitação e ignorância” – diz mais e insiste mesmo em revelar (e alinhar, melhor, delinear) um futuro “sombrio”, sem ânimo e sem qualquer projecto opcional para o Sistema Educativo Regional que não passe por aquilo que está a ser feito”. A consequência da redução demográfica será “continuar o processo” de redução e fusão de escolas que “deverá chegar às Secundárias, findando com duas no Funchal, uma a Leste e outra a Oeste”, melhor, “uma na Ribeira Brava e outra em Machico”.
Face a tudo isto, e “à incapacidade do Secretário Regional da Educação (e mesmo o Governo Regional) de encontrar outro tipo de soluções que não seja somente uma política de extinções e fusões de escolas – quando deveria ter implementado outras medidas no
passado – o partido acusa Jorge Carvalho de ser já “pouco hábil e frutífero em ideias/soluções alternativas, em estímulos que visem
a inovação e uma renovação na forma de gerir as escolas (incluindo melhorar o “bem-estar” num local que é de criatividade, conhecimento, aprendizagens e de trabalho para alunos, pessoal docente e não docente)”.

Para o partido, Jorge Carvalho já pouco ou nada aposta na distinção, reconhecimento e valorização dos recursos humanos (alunos, pessoal docente e não docente), na diferenciação de ambientes de trabalho e de modelos de gestão que garantam a autonomia das escolas e dos seus Projectos Educativos.